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SMIC da China e holandesa ASML assinam contrato de semicondutores de US$ 1,2 bilhão

Recentemente, a empresa SMIC divulgou várias notícias positivas relativas à compra de equipamentos para produção de semicondutores. No dia 3 de março, a SMIC anunciou que, no dia 1º de fevereiro, a empresa assinou o contrato de compra e venda a granel com ASML (empresa Holandesa), após reformulações e emendas ao contrato original. O contrato assinado vale aproximadamente US$ 1,2 bilhão.

Com a assinatura, o prazo do acordo de compra e venda a granel entre as duas empresas é estendido de 01/01/2018 – 31/12/2020 para 01/01/2018 – 31/12/2021.

Em relação à forma de pagamento, a SMIC pagará 30% na entrada, e o restante será pago após o recebimento de equipamentos.

A ASML, com sede localizada na Holanda, é uma gigante mundial na produção de máquinas de fotolitografia (mask aligner, em inglês). Essas máquinas são valiosas e são equipamentos essenciais para a produção de chips.

Em momento anterior, a SMIC foi incluída na “Entity List” (lista negra comercial publicada pelos EUA, identifica partes estrangeiras que estão proibidas de receber a exportação de alguns ou todos os produtos americanos), ou seja, precisava solicitar uma licença para poder comprar produtos baseados em tecnologias americanas. Por isso, a SMIC dialogava frequentemente com os fornecedores para promover a concessão das licenças.

No dia 2 de março, segundo ICWise, a autoridade americana competente já permitiu que as indústrias americanas de equipamentos de alta tecnologia forneçam equipamentos de 14nm e acima (de 14nm, de 28nm e de outras técnicas maduras) para SMIC. Além disso, a licença para o equipamento essencial usado para crescimento epitaxial de wafer de 14nm, que SMIC solicitou várias vezes, também foi aprovada. Quanto à licença de exportação de “technology node” (processo de fabricação de semicondutores e suas regras de design) abaixo de 10nm, ainda não tiveram nenhum progresso.

De acordo com ICWise, a aprovação da licença de fornecimento de equipamentos à SMIC não só normaliza as produções da SMIC, mas também indica o restabelecimento da comunicação e da cooperação entre SMIC e as autoridades competentes dos EUA, removendo, assim, a barreira para a futura cooperação entre SMIC e as empresas americanas. O fato não só revigora as indústrias chinesas de chip, mas também alivia a situação atual de falta de produção de chips na China e garante o rápido desenvolvimento das empresas chinesas de design de chips.

Zhao Haijun, co-CEO da SMIC, apontou que, se não tivesse a influência das sanções externas, o ritmo de crescimento em 2020 deveria ter equiparado ao do ano retrasado. No entanto, mesmo no momento da crise, encontrariam novas oportunidades, fariam o melhor para salvar-se e também para atender os clientes globais.

 

 

Fonte: 21st Century Business Herald