Uma série de eventos culturais, realizados em paralelo aos Jogos Mundiais Universitários da FISU, que acontecem em Chengdu, capital da província de Sichuan, no sudeste da China, reuniu atletas estudantes de todo o mundo na Bienal de Chengdu. A exposição de arte tem quase 500 obras de artistas locais e internacionais, e está aberta ao público durante toda a duração dos Jogos FISU. A exposição permanecerá aberta até novembro deste ano.
Enquanto percorriam as diversas obras de arte, a atleta polonesa Aleksandra Jeglinska foi cativada por uma peça que fundia a caligrafia chinesa com letras em inglês. Inspirada nas experiências pessoais do artista Xu Bing durante sua estada nos Estados Unidos, a obra consistia em letras em inglês cujas formas foram adaptadas para assemelharem-se aos traços dos caracteres chineses.
Essa obra estava em exposição numa área interativa onde os visitantes eram convidados a experimentar a escrita de caracteres chineses com um pincel, uma ferramenta icônica da escrita na antiga China.
No ambiente interativo, Jeglinska escreveu o caractere chinês para “coelho” num pedaço de papel. “Acabei de descobrir que nasci no Ano do Coelho no zodíaco chinês, e este ano coincide com o meu ano astrológico”, declarou ela com um sorriso no rosto.
Além de fundir os aspectos culturais ocidentais e orientais, o real significado dessa obra é quebrar estereótipos e abrir novas perspectivas, conforme destacou a jovem esgrimista polonesa.
A Base de Pesquisa de Chengdu para a Criação de Pandas-Gigantes também se tornou um local concorrido pelos atletas. Mamuka Shengelia e Giorgi Eradze, dois atletas georgianos, estavam entre os milhares de admiradores de todo o mundo. “Vivenciar os pandas, tanto os maiores quanto os menores, foi uma experiência verdadeiramente singular”, observou Shengelia. “Eles se apresentam mais vívidos e adoráveis de perto, sem dúvida”, completou com alegria.
À noite, um recanto da Vila dos Atletas, situado na Universidade de Chengdu, foi transformado em um espaço vivo, com jovens atletas participando ativamente de diversas atividades culturais tradicionais chinesas.
Atletas estudantes vindos de diferentes partes do mundo participaram de sessões culturais que incluíram apresentações musicais, experimentações com trajes típicos chineses e confecções de sachês perfumados. Entre trocas de broches e conversas, a atmosfera ficou impregnada de vivacidade e juventude.
Mustafa Ben Issa, um atleta líbio de 25 anos, divertiu-se ao jogar “cuju”, um esporte popular na antiga China que guarda semelhanças com o futebol atual. Após marcar um gol com habilidade, ele convidou com entusiasmo atletas italianos e chineses próximos para uma partida um contra um.
Em sua primeira visita à China, o estudante de engenharia ficou impressionado com as amplas e limpas vias de Chengdu, a organização exemplar do evento e as diversas instalações de alta tecnologia presentes por todo os Jogos.
Noutra sessão, onde se produz o brocado Shu, Federica Botter, uma estudante atleta dos Estados Unidos, exibiu um lenço de brocado Shu que ela havia escolhido especialmente como lembrança para sua irmã.
Tradução: Mei Zhen Li
Fonte: Diário do Povo
Imagem principal: Shen Bohan/ Xinhua