Tecnologia

China avança em pesquisa de “Sol Artificial”

Sol Artificial

O reator de fusão Tokamak de última geração da Corporação Nuclear Nacional da China (CNNC, sigla em inglês) gerou 1 milhão de amperes de corrente de plasma, um grande avanço na pesquisa e desenvolvimento da tecnologia de fusão nuclear no país, informou a mídia local, Huanqiu, nesta quinta-feira (20).

O reator de fusão Tokamak HL-2M pode gerar mais de 1 mega ampère de corrente de plasma, disse o relatório ontem, citando um anúncio feito pela CNNC, sediada em Pequim, em 19 de outubro.

A fusão nuclear libera energia ao combinar dois núcleos atômicos leves para formar um único núcleo mais pesado. É a mesma reação que alimenta o sol e é vista como a resposta para as necessidades energéticas limpas e seguras do mundo.

O reator de fusão tokamak HL-2M foi concluído e produziu sua primeira descarga de plasma em dezembro de 2020. O dispositivo pode atingir temperaturas de mais de 150 milhões de graus Celsius, de acordo com Duan Xuru, principal especialista em tecnologia de fusão da CNNC.
Sol Artificial
Inventada por físicos russos nos anos 50, o Tokamak é um dispositivo que usa um poderoso campo magnético para confinar o plasma através de fusão nuclear controlada com intensidade de corrente de plasma o parâmetro central. Para conseguir a fusão nuclear, um tokamak deve gerar pelo menos 1 milhão de amperes de corrente de plasma. No futuro, o tokamak deverá ser capaz de funcionar a 1 MA.

O último avanço significa que a HL-2M pode operar rotineiramente em mais de 1 mega ampère no futuro, o que é de grande importância para a participação da China no projeto do Reator Termonuclear Experimental Internacional (ITER, sigla em inglês) e seu projeto e operação independentes de reatores de fusão.

O trabalho da China em tecnologias de fusão é de classe mundial, pois o país começou a pesquisá-lo e desenvolvê-lo nos anos 50, quase tão cedo quanto outros países. Juntou-se ao ITER em 2006 para fabricar peças-chave de dispositivos para o megaprojeto internacional de pesquisa e engenharia de fusão.

Fonte: Huanqiu