Em um ano marcado por desafios para o comércio internacional, o Porto de Hamburgo, o maior da Alemanha e terceiro maior hub da Europa, registrou crescimento em sua movimentação de contêineres.
Dados divulgados pela Associação de Marketing do Porto de Hamburgo (HHM) indicam que, em 2024, o porto movimentou 7,8 milhões de TEUs (unidade equivalente a vinte pés), um aumento de 0,9% em relação ao ano anterior. O volume de contêineres totalmente carregados foi de 6,8 milhões de TEUs, um avanço de 1,2%. No total, a carga geral atingiu 78,7 milhões de toneladas, sendo 77,5 milhões de toneladas de carga conteinerizada e 1,3 milhão de toneladas de carga geral tradicional, um crescimento de 8,7%.
China segue como principal parceiro comercial
A China manteve sua posição como maior parceiro comercial do Porto de Hamburgo, representando quase 30% do volume total. Em 2024, o fluxo de contêineres entre Hamburgo e o país asiático chegou a 2,2 milhões de TEUs, um aumento de 0,7%. Os Estados Unidos seguiram como o segundo maior parceiro, com 685 mil TEUs, um avanço de 5%, enquanto Cingapura ficou na terceira posição, com 430 mil TEUs. Entre os mercados emergentes, a Índia registrou crescimento de 2,1%, totalizando 195 mil TEUs, e o Sri Lanka viu um aumento expressivo de 12,4%, atingindo 140 mil TEUs.
Um em cada três contêineres movimentados no Porto de Hamburgo vem ou vai para a China. Atualmente, o porto está conectado a 15 rotas marítimas com os principais portos chineses, incluindo Xangai.
Sustentabilidade e transição energética
A cooperação entre Hamburgo e a China se fortaleceu em 2024 com o avanço do projeto “Corredor Verde Xangai-Hamburgo”, anunciado durante o Fórum Internacional de Transporte Marítimo de North Bund. A iniciativa visa reduzir a pegada de carbono no transporte marítimo por meio da ampliação das conexões de energia em terra e do incentivo ao uso de combustíveis ecológicos.
O impacto da transição energética também foi sentido na movimentação de cargas a granel. Em 2024, as importações de carvão pelo porto caíram 2,1%, para 3,8 milhões de toneladas, enquanto as de derivados de petróleo tiveram uma redução mais acentuada, de 21,7%, totalizando 5,7 milhões de toneladas.
Fonte: yicai.com