Economia

Projeção de crescimento da economia chinesa no segundo trimestre é 8%, segundo analistas

Segundo análises feitas por repórteres da mídia 21st Century Business Herald, o crescimento da economia chinesa neste ano pode ficar entre 8% e 9.  Com a recuperação econômica estável da China, espera-se ter um crescimento médio e uma recuperação constante nos próximos dois anos. A previsão é de crescimento cerca de 8% no segundo trimestre, e o terceiro e quarto trimestre em 6% e 5-6%, respectivamente.

Apesar da economia chinesa seguir alta no segundo trimestre, atualmente a recuperação do mercado consumidor, manufatura e investimento em infraestrutura ainda registra uma recuperação lenta. A partir dos dados de maio, a indústria, as exportações, e os investimentos imobiliários, que sustentam a rápida volta do PIB (Produto Interno Bruto), mostram uma tendência fraca. Além disso, a situação da economia mundial no segundo semestre de 2021, e o ajuste da política do Sistema de Reserva Federal dos EUA (FRS, sigla em inglês), também trarão impacto nas exportações da China.

Com o lento processo de recuperação da procura interna e a incerteza externa ainda elevada, muitas análises apontam para a preservação da estabilidade das políticas macroeconómicas. Além disso, devido ao financiamento de despesas governamentais no primeiro semestre e ao ritmo mais lento da emissão de Títulos da Dívida Municipal, é possível identificar uma maior margem de manobra para uma política orçamental ativa no segundo semestre.

 

Cerca de 8% de aumento no segundo trimestre

Com a base baixa em 2020, o PIB chinês subiu 18,3% em ritmo anual no primeiro trimestre; mas o crescimento médio nos dois anos do primeiro trimestre foi de 5%, não tendo conseguido recuperar a margem de 6%.

Os dados de maio-junho mostram que a economia do país está em recuperação constante, mas alguns indicadores têm se deliberado. Como por exemplo, a Instituição sem fins lucrativos (PMI, sigla em inglês) em junho, registrou 50,9% dentro do intervalo de crescimento, mas abrandou por três meses consecutivos.

De janeiro-maio, o crescimento médio do volume de vendas a varejo de bens de consumo aumentou para 4,3% em dois anos, mas significativamente abaixo do nível normal de cerca de 8% nos anos anteriores. A taxa média de crescimento do investimento fixo nos dois anos anteriores ao mês de maio voltou a 4,2%, com um crescimento médio de 8,6% no setor imobiliário, de 0,6% no setor industrial e de 2,6% no setor das infraestruturas, que ainda tem muito espaço para recuperar.

O relatório do Fórum Macroeconômico da China (CMF, sigla em inglês) da Universidade Renmin (RUC, sigla em inglês) prevê um crescimento do PIB de 12,3% no primeiro semestre e de 8,8% em ritmo anual. A taxa de crescimento de cada trimestre seguiu uma trajetória de “ante alta e pós baixa”, diminuindo gradualmente de 18,3% do primeiro trimestre para 5,5% do quarto.

Lu Ting, economista-chefe da Nomura China, disse aos jornalistas da mídia que a economia chinesa deve crescer 8,9% em 2021. E 0,6% de aumento no PIB do primeiro trimestre em comparação ao mesmo período do passado, prevê-se uma forte recuperação de 2% no segundo trimestre, mas, com a possibilidade de recuo de aproximadamente de 1,3%.

Desde o segundo trimestre do ano passado até hoje, as exportações chinesas estão em sua melhor situação em relação aos seus sete ou oito anos, e apresentam crescimento positivo nas exportações de suprimentos médicos e escritórios de casa, mas isto, não são sustentáveis, e o crescimento das exportações ainda está sob risco de queda no futuro.

 

Evolução das políticas macroeconômicas no segundo semestre

Atualmente, o crescimento económico preserva-se elevado e está a recuperar a um ritmo constante, mas a recuperação interna está lenta e, juntamente com a incerteza ainda existente no contexto externo, muitas análises sugerem que as políticas macroeconómicas devem manter-se estáveis.

O vice-diretor da RUC, Liu Yuanchun, considera que deve prestar muita atenção à variação do ambiente externo no segundo semestre. Pois, com o ajuste na política monetária e fiscal da FRS por volta de setembro, pode causar uma grande variação na liquidez mundial e nas condições financeiras.

“Na estrutura da economia chinesa, o investimento fixo e a exportação ocupam cerca da metade do PIB, e o forte aumento do Índice de Preços ao Produto (PPI, sigla em inglês), tem uma grande influência no funcionamento da economia. Apesar da intervenção do governo, os preços da commodities tenham baixado em dois meses, mas o preço atual comparado ao mês de março ainda continua sendo alta”, observou Lu.

Devido à base baixa do ano passado e a fatores como o aumento dos preços de commodities, a finança pública está em melhor condições neste ano, e espera-se superar o orçamento previsto para o início do ano.

 

Tradução: Mei Zhen Li

Fonte: 21st Century Business Herald