A bordo do quebra-gelo polar Xuelong-2, a 13ª equipe da China em expedição científica ao Oceano Ártico alcançou um marco significativo nesta quarta-feira, 2, ao completar com êxito o levantamento óptico marinho. A equipe, que chegou ao Mar de Chukotka no dia 26 de julho, está em pleno andamento com suas pesquisas.
O levantamento óptico marinho é uma parte essencial da pesquisa científica oceânica, uma vez que visa medir o processo de absorção e atenuação da energia da radiação solar no oceano. Para isso, a equipe utiliza equipamentos especializados para detectar a irradiância solar em diferentes profundidades do mar.
![Levantamento óptico no Oceano Ártico](https://china2brazil.com.br/wp-content/uploads/2023/08/levantamento-optico-no-oceano-artico.jpg)
Segundo Zhong Wenli, professor associado da Universidade Oceanográfica da China, as pesquisas têm apontado um aumento notável na temperatura da superfície do Mar de Chukotka ao longo das últimas décadas, o que está diretamente relacionado à maior absorção de energia de radiação solar de ondas curtas pelo oceano. Esse aquecimento da superfície marítima desempenha um papel crucial no acelerado derretimento do gelo no Ártico.
A expedição, organizada pelo Ministério de Recursos Naturais da China, tem uma agenda diversificada, incluindo a investigação da geologia e geofísica da crista médio-oceânica, bem como pesquisas ambientais sobre a atmosfera, gelo marítimo, análises marítimas e subsuperfície, além de estudos sobre biomas e poluentes.
As atividades de pesquisa no Mar de Chukotka estão programadas para serem concluídas até meados de agosto. O compromisso contínuo com pesquisas científicas no Oceano Ártico destaca a importância das colaborações internacionais para entender e preservar esse ecossistema vital.
Tradução: Mei Zhen Li
Fonte: Xinhua
Imagem principal: Zhang Jiansong/ Xinhua