Economia

Comércio exterior da China cresce 26,9% em maio

O valor total das importações e exportações da China em maio foi de 3,14 trilhões de yuans (cerca de US$ 3,14 bilhões), 26,9% a mais do que no mesmo período de 2019. Entre eles, as exportações foram de 1,72 trilhão de yuans (cerca de US$ 270 bilhões), um aumento de 18,1% em relação ao ano anterior. Já as importações foram de 1,42 trilhão de yuans (cerca de US$ 220 bilhões), um aumento de 39,5% em relação ao ano anterior. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (7), pela Administração Geral das Alfândegas.

Os especialistas entrevistados apontaram que o aumento dos custos e a diminuição da demanda efetiva são as principais razões para a queda das exportações em maio. Além disso, os custos das remessas marítimas estabeleceram novos recordes, os preços das matérias-primas continuam altos, a valorização do yuan também aumentou o custo das empresas exportadoras.

Bai Ming, vice-diretor do Instituto de Pesquisa de Mercado Internacional do Ministério do Comércio, salientou que a taxa de crescimento das exportações em maio foi inferior ao esperado, caindo 8,5 pontos percentuais em relação a abril. “Diz-se que o ambiente externo é mais favorável à China: as economias da Europa e dos Estados Unidos manteve a recuperação, a demanda externa continua a ser liberada e a pandemia na Índia e no Vietnã também trouxe uma parte da transferência de encomendas, mas o crescimento da exportação ainda teve uma queda significativa”, afirmou.

Chen Zhongtao, economista-chefe do Centro de Informações Logísticas da China, disse que as empresas de comércio exterior estão atualmente enfrentando custos crescentes por muitos fatores, que não estão limitados as matérias-primas, mas também incluem mão-de-obra, logística internacional, transporte marítimo e muitos outros aspectos, e a principal razão para isso seria a flexibilização global da liquidez. A fim de lidar com a pressão da inflação importada, houve também a valorização do RMB, no entanto, isso ainda aumentou o custo cambial das empresas de comércio exterior, que estão sofrendo com a compressão de múltiplos custos.

Na opinião de Li Qilin, economista-chefe e diretor do Instituto de pesquisa da Hongta Stock, o principal obstáculo ao crescimento das exportações em maio foi em categorias como materiais de prevenção de pandemias. O começo das vacinações no mundo, a demanda por materiais de prevenção de pandemia caiu significativamente, e estes materiais tiveram um declínio significativo em maio, com fios têxteis, tecidos e relacionados caindo anualmente 41,29%, e instrumentos e aparelhos médicos caindo 17,56%.

Importação da China em maio é melhor que o esperado

As importações da China em maio registraram 1,42 trilhão de yuans (cerca de US$ 220 bilhões), crescimento anual de 39,5% a mais do que em 2019. O superávit comercial da China no mês de maio foi de 296 bilhões de yuans (US$ 46,27 bilhões), 32,1% menor em relação ao ano anterior, devido a diminuição do crescimento das exportações e a expansão do crescimento das importações.

Os preços globais das commodities continuam a subir, com as importações de commodities como minério de ferro, petróleo bruto e soja aumentando em volume e preço.

O comércio China-EUA cresce 41,3% nos primeiros cinco meses

Entre as principais economias, o comércio China-EUA cresceu ao maior ritmo. O valor total do comércio entre os dois países nos primeiros cinco meses foi de 1,82 trilhão de yuans (cerca de US$ 280 bilhões), um aumento anual de 41,3%, ocupando uma proporção de 12,3% do total.

Entre eles, exportações para os Estados Unidos foi de 1,34 trilhão de yuans (cerca de US$ 210 bilhões), um aumento de 38,9%; importações dos Estados Unidos foi de 478,3 bilhões de yuans (US$ 74,76 bilhões), um aumento de 48,5%; resultando em um superávit comercial de 860,51 bilhões de yuan (US$ 134,51 bilhões), um aumento de 34,1%.

 

Fonte: 21st Century Business Herald