Economia

China se torna o maior destino de exportação da Alemanha

Segundo dados do German Federal Statistical Office, as exportações alemãs para a China totalizaram cerca de 23 bilhões de euros (R$ 142,43 bilhões) no segundo trimestre de 2020, o que superou os 20 bilhões de euros (R$ 123,80 bilhões) exportados para os Estados Unidos. A China se tornou o maior destino de exportação da Alemanha pela primeira vez.

Os dados do comércio exterior alemão de julho também mostraram que as exportações alemãs para a China caíram 0,1% com relação ao ano anterior, para 8,7 bilhões de euros (R$ 53,88 bilhões), quase o mesmo nível do ano passado.

O chefe do Centro Econômico Internacional do Instituto Alemão de Pesquisa Econômica Ifo comentou que, devido ao impacto da pandemia, o comércio sino alemão sofreu uma desaceleração histórica no primeiro trimestre de 2020, e teve uma forte recuperação desde junho.

O especialista em China da Agência Federal Alemã de Comércio Exterior e Investimento afirmou também que, no dia 8 de setembro, a estabilidade das exportações alemãs para a China em julho mostra a importância do país para a economia alemã. O Instituto Alemão de Pesquisa Econômica (DIW) apontou no relatório que a China deve substituir os Estados Unidos em 2020, e se tornará o maior destino de exportação da Alemanha.

A relação comercial entre a China e a Alemanha continua a se aprofundar. Os líderes da China e da Europa anunciaram no dia 14 de setembro que, formalmente, assinaram o “Acordo de Indicações Geográficas China-UE”, que inclui um total de 550 indicações geográficas (275 cada) de ambos os lados, incluindo cerveja alemã de Munique e outras categorias.

Olaf Rotax, gerente-geral do German Digital Group, apontou anteriormente que os usuários europeus têm uma mentalidade relativamente conservadora, e é difícil para as empresas da economia digital cultivarem usuários em grande escala em um curto espaço de tempo, enquanto o desenvolvimento das empresas digitais chinesas têm valor importante como referência.

As empresas chinesas de economia digital cultivaram muitos usuários jovens e de mente aberta, o que permitiu o rápido desenvolvimento de aplicativos digitais, como economia de mercado, economia compartilhada e pagamento móvel. Tomando o varejo pela Internet como exemplo, a proporção de compras em supermercados online na Alemanha é inferior a 10%, enquanto na China essa proporção chega a ser de 30% a 50%.

As empresas alemãs têm vantagens na digitalização da manufatura, especialmente depois que a Alemanha propôs a “Indústria 4.0”. Muitas empresas acumularam experiências práticas, o que pode, efetivamente, ajudar as empresas a melhorar suas eficiências operacionais. Olaf Rotax acredita que as empresas chinesas e alemãs podem combinar suas respectivas vantagens para realizar a cooperação em áreas relacionadas.

Fonte: 21st Century Business Herald