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China pressiona por reforma da OMC e oposição a tarifas unilaterais

China reforma OMC
Fonte da imagem: Lian Yi/ Xinhua

A Organização Mundial do Comércio (OMC) realizou, nos dias 22 e 23 de julho, em Genebra, na Suíça, a terceira reunião do Conselho Geral de 2025. Durante o encontro, a China apresentou a proposta intitulada “Apoio ao Sistema Multilateral de Comércio sob as Circunstâncias Atuais”, na qual solicita a oposição a medidas tarifárias unilaterais e a defesa coordenada das regras multilaterais.

A delegação chinesa afirmou que o comércio internacional enfrenta aumento da instabilidade, com risco crescente de fragmentação. Nos últimos meses, governos adotaram novas tarifas unilaterais, elevando o valor do comércio afetado por restrições a US$2,7 trilhões, maior nível desde o início da série histórica em 2009.

Nesse contexto, a China propôs reforçar a cooperação entre os membros da OMC para sustentar o sistema multilateral. A delegação chinesa estruturou suas sugestões com base em três eixos: estabilidade como prioridade, desenvolvimento como objetivo e reforma como instrumento.

Entre as propostas apresentadas, destacam-se:

  • Defesa conjunta dos princípios centrais da OMC, como a cláusula da nação mais favorecida e o princípio da não discriminação;
  • Apoio à integração de países em desenvolvimento no comércio multilateral;
  • Avanço de reformas institucionais na OMC, com foco no processo decisório.

A China também argumentou que medidas bilaterais e acordos voltados à redução de tensões comerciais devem respeitar as regras da OMC. No caso de acordos de livre comércio, solicitou que os países notifiquem formalmente a organização. Além disso, sugeriu que o Secretariado da OMC amplie o monitoramento e a análise de medidas unilaterais e acordos bilaterais, alertando os membros sobre possíveis impactos negativos para terceiros.

Representantes de países como Brasil, União Europeia, Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Malásia, Camboja, Rússia e Venezuela também se pronunciaram. Segundo essas delegações, as tarifas unilaterais agravam as tensões comerciais, elevam custos para empresas e consumidores e dificultam o crescimento econômico, principalmente nos países em desenvolvimento.

Os membros presentes defenderam a preservação do sistema multilateral, a modernização das regras da OMC e a construção de um ambiente de concorrência equilibrado no comércio global.

Fonte: news.china.com.cn