A China divulgou no domingo, 23, um documento em que estabelece prioridades para aprofundar reformas rurais e avançar de forma sólida na revitalização rural em todas as frentes.
O “Documento Central Nº 1” de 2025 é visto como um indicativo das prioridades governamentais para o ano. Ele está estruturado em seis partes, abordando os seguintes temas: garantia do fornecimento de grãos e outros produtos agrícolas essenciais, consolidação dos avanços na erradicação da pobreza, desenvolvimento das indústrias locais, avanço na infraestrutura rural, aprimoramento do sistema de governança no campo e otimização da alocação de recursos rurais.
O documento destaca a necessidade de redobrar esforços no setor agrícola, nas áreas rurais e entre os trabalhadores do campo em 2025 e nos anos seguintes, com o objetivo de impulsionar a revitalização rural e fortalecer as bases agrícolas do país.
Tendo a reforma, a abertura e a inovação científica e tecnológica como motores, a China pretende garantir sua segurança alimentar e evitar retrocessos em larga escala na luta contra a pobreza, segundo o documento. O país fará todo o possível para aumentar a eficiência agrícola, revitalizar as áreas rurais e elevar a renda dos agricultores, consolidando assim os alicerces para o avanço da modernização chinesa.
A diretriz enfatiza a importância de desenvolver novas forças produtivas de qualidade no setor agrícola, levando em conta as condições locais. Além disso, propõe a criação de empresas agrícolas líderes em alta tecnologia e a aceleração de avanços no melhoramento de cultivos.
A China apoiará o desenvolvimento da agricultura inteligente, expandindo a aplicação de tecnologias como inteligência artificial, big data e sistemas de baixa altitude. Também estão previstos planos para ampliar a logística de cadeia fria e os serviços de varejo instantâneo para os distritos rurais, além de incentivar a instalação de estações de recarga e troca de baterias para veículos elétricos em regiões com condições adequadas.
Para garantir a gestão e o aproveitamento eficiente dos recursos e ativos rurais, o documento propõe explorar formas viáveis de utilizar legalmente as moradias rurais por meio de arrendamento, participação acionária e cooperação.
A diretriz também incentiva inovações nos mecanismos de financiamento para a revitalização rural, prevendo maior suporte por meio de investimentos do orçamento central, títulos especiais do governo de longo prazo e títulos especiais de governos locais para projetos estratégicos no setor agrícola e nas áreas rurais. Ferramentas de política monetária serão utilizadas para estimular as instituições financeiras a ampliar o financiamento voltado à revitalização do campo.
As reformas em florestas, fazendas estatais e cooperativas de fornecimento e comercialização serão conduzidas de forma coordenada. O documento enfatiza a necessidade de aprofundar a reforma da posse coletiva de florestas, a modernização dos sistemas de precificação e direitos de uso da água no setor agrícola, o fortalecimento da gestão do consumo hídrico e a promoção de tecnologias de irrigação eficiente.
Por fim, o documento encoraja cidades elegíveis a incluir gradualmente seus trabalhadores migrantes rurais com emprego estável nas políticas locais de habitação popular, promovendo, assim, maior integração entre áreas urbanas e rurais.
Tradução: Mei Zhen Li
Fonte: Diário do Povo