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Xiaomi desacelera lucro no primeiro trimestre, mas permanece 3º lugar em participação de mercado global

O Grupo Xiaomi divulgou na quinta-feira (19) os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2022. Nos primeiros três meses do ano, a Xiaomi obteve uma receita de 73,35 bilhões de yuans, e um lucro líquido ajustado de 2,859 bilhões de yuans, uma queda anual de 52,9%.

Wang Xiang, presidente do Grupo Xiaomi, disse em uma teleconferência de mídia realizada na mesma noite, que os maiores desafios vieram da pandemia e falta de abastecimento. No primeiro trimestre, a oferta de chips low-end foi escassa, o que afetou muito os mercados interno e externo.

Ao mesmo tempo, a pandemia trouxe dificuldades ao desempenho da Xiaomi. No futuro, a empresa continuará investindo em áreas-chave para melhorar a eficiência operacional.

Nesta sexta-feira (20), o preço das ações da Xiaomi subiu acentuadamente, com uma alta de 5,96%, com um valor de mercado total de HK$ 293,7 bilhões.

Participação de mercado

Em relação a investimentos, as despesas em P&D foram de 3,5 bilhões de yuans, 16% maior que o ano passado. E em março deste ano, os usuários ativos mensais do sistema operacional da Xiaomi, MIUI, no mundo atingiram 529 milhões, e na China esse número é de 136 milhões.

De acordo com os dados da Canalys, no terceiro trimestre de 2022, a Xiaomi permaneceu em terceiro lugar em participação de mercado global, com 12,6%. Enquanto na China, a posição cai para quinto lugar, apesar de ter uma participação proporcionalmente maior, de 13,9%.

No entanto, a demanda por smartphones tem sido fraca desde o início deste ano. Neste mesmo período, as remessas globais de smartphones no mundo inteiro caiu 10,5% em relação ao ano anterior, enquanto na China esse número sobe para 18,2%. As mudanças no ambiente geral também se refletem no desempenho do Grupo Xiaomi, com uma queda de 11,1% na receita do segmento de smartphones.

Mercado de smartphone desacelerou, mas IoT ficou mais forte

Por outro lado, o desempenho dos negócios de Internet das Coisas (IoT) e produtos de consumo é relativamente bom. Nos três primeiros meses deste ano, a receita atingiu 19,5 bilhões de yuans, um aumento anual de 6,8%, e a margem de lucro bruto aumentou 14,5 pontos percentuais para 15,6%, um recorde para um único trimestre.

Wang Xiang disse que o Grupo Xiaomi tem mais de 10 mil lojas físicas, e mais e mais consumidores optam por comprar produtos de IoT nestas lojas, e a proporção da receita de produtos excluindo smartphones continua a aumentar. Este ano, a empresa também se concentrará em melhorar a eficiência das lojas.

Fonte: 36Kr

Xiaomi expande a participação de mercado no exterior

A julgar pelos dados do primeiro relatório trimestral, o mercado externo ainda é a principal força do Grupo Xiaomi. No primeiro trimestre de 2022, a receita do mercado externo da Xiaomi foi de 37,5 bilhões de yuans, representando 51,1% da receita global.

Segundo dados da Canalys, a Xiaomi é uma das três marcas mais vendidas em 49 países, e está no Top 5 de marcas de smartphones em 68 países.

Wang Xiang diz que a Europa é um mercado importante para a Xiaomi, com uma participação no mercado europeu de quase 20%. Na Índia, Xiaomi vem atraindo muita atenção de todas as partes, e até o primeiro trimestre de 2022, Xiaomi se manteve a maior marca de smartphones por 18 trimestres consecutivos no mercado indiano.

Xiaomi no mercado automotivo

O Presidente da Xiaomi disse, durante a teleconferência de resultados financeiros, que no momento, não há muito progresso a ser anunciado para a Xiaomi Auto, e a empresa continua investindo recursos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia central.

Ele também revelou que a Xiaomi Auto ainda mantém o plano original e está fazendo tudo para prosseguir conforme o planejado.

Como citado anteriormente, as despesas de P&D do Grupo Xiaomi teve um aumento anual de 16%, e que se deve justamente ao aumento do salário do pessoal do P&D e aumento em gastos relacionados a negócios inovadores, como veículos elétricos inteligentes, chegando a 425 milhões de yuans.

Segundo Wang Xiang, a empresa mantém o cronograma original para produção em massa de veículos elétricos inteligentes, ou seja, no primeiro semestre de 2024.

 

Fonte: 36Kr