Destaques da Semana Economia

China aumenta participação em PIB mundial ao mesmo tempo em que reduz suas emissões de carbono em 34%

O desenvolvimento econômico e ambiente ecológico gerais da China melhoraram muito ao longo da última década, disseram autoridades chinesas em uma coletiva de imprensa organizada pelo Departamento Central de Propaganda do Partido Comunista Chinês (PCC) nesta quinta-feira, 12 de maio, reiterando que o país viu um aumento substancial de desenvolvimento da economia verde, aliada a robustez econômica, assim como a abertura de sua economia, entre outras conquistas.

A solidez geral da economia chinesa se manteve em crescimento constante, tornando o país o principal motor do crescimento mundial na última década. Em 2021, com um PIB de 114 trilhões de yuans, a China representou 18% da economia global, ante uma representação de apenas 11,4% em 2012. Já, o PIB per capita da China ficou em US$ 12.500, um patamar próximo ao que já pode ser considerado como um país desenvolvido e de renda alta, de acordo com as definições do Banco Mundial.

Nos últimos anos, a China tem contribuído com cerca de 30% do crescimento global, tornando-se um dos pilares do desenvolvimento econômico global. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), da China passaram de 1,91% para 2,44% do PIB ao longo desta última década. Melhorando a classificação do país no Índice de Inovação Global (GII, na sigla em inglês para Global Innovation Index) de 34º para 12º colocado, com a ajuda de grandes avanços como, por exemplo, nas conquistas com os voos espaciais tripulados e na exploração de Marte.

No mesmo período, as emissões de CO2 por unidade de PIB da China caíram 34% e a capacidade total instalada para a geração de energia eólica e fotovoltaica, assim como da produção e vendas de veículos de nova energia atingiram patamares que levaram a China à liderança mundial.

O comércio exterior também se desenvolveu de forma constante e rápida na década, linkado a uma grande abertura à economia mundial. A participação da China nas exportações de mercadorias para o mundo cresceu de 11% para 15%. Um total de nove acordos de livre comércio foram assinados e 21 zonas de livre comércio foram construídas, criando áreas de testes para maior integração à economia mundial.

Atualização sobre a Covid-19

De acordo com uma decisão tomada na reunião executiva do Conselho de Estado na quarta-feira passada, a China irá adotar políticas fiscais e monetárias priorizando a criação de empregos, de tal forma a manter uma estabilidade do desempenho econômico à medida em que há impactos maiores do que esperado por novos casos de Covid-19, que afetam a dinâmica e ambiente internacional e trouxeram pressões à economia chinesa em abril.

Restituições e isenções fiscais, diferimento de pagamento de seguros sociais, reduções nos custos de financiamento, entre outras medidas, devem vigorar com foco na manutenção da estabilidade do mercado, dos empregos e folha de pagamentos, de forma a garantir a subsistência básica das pessoas e estimular a continuidade do consumo interno.

Na reunião, também foi decidida a flexibilização na mobilização de ativos, para ampliar canais para investimentos privados e incentivar a expansão de investimentos.

Beijing lançou novas medidas para reforçar a triagem do vírus à medida em que a cidade corre para conter um novo surto. Iniciando nesta quinta-feira, os cidadãos precisarão fornecer resultados negativos de testes PCR, realizados dentro de um intervalo de 48 horas para poder entrar em locais públicos em toda a cidade, disseram autoridades em coletiva de imprensa nesta quarta-feira. A última onda de surto em Beijing registrou 892 infecções até às 15 horas desta quarta-feira.

A seguir em notícias sobre empresas:

O porto de Shanghai concluiu a movimentação de 3,085 milhões de unidades TEUs de contêineres em abril, recuperando-se para mais de 80% do nível do ano passado, de acordo com dados do Ministério de Transportes da China na última quarta-feira.

Após a retomada da produção em 19 de abril na gigafábrica da Tesla em Shanghai, o primeiro lote de 10 mil veículos elétricos foi enviado para entregas nesta quarta-feira. No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, a Tesla em Shanghai já entregou 183.686 veículos, uma quantidade 1,7 vezes maior do que no mesmo período do ano passado, e superando a totalidade de veículos entregues em 2020. A inda, o CEO Elon Musk disse em um encontro de indústria automotiva na terça-feira que a empresa irá expandir a produção em sua fábrica em Shanghai.

Notícias do mercado financeiro:

Chen Yulu, presidente do Banco do Povo da China (PBoC), disse nesta quinta-feira que os riscos financeiros do país acumulados ao longo dos anos convergiram e estão, no geral, sob controle. O banco central do país concluiu com sucesso uma campanha de regulação de financiamento via internet, uma vez que todas as empresas financeiras de plataformas online foram colocadas sob supervisão. O problema do shadow banking foi efetivamente endereçado, cerca de 5 mil empresas de empréstimo P2P online foram encerradas e cerca de 25 mil casos de arrecadação ilegal de fundos foram investigados, de acordo com Chen.

Notícias do mercado de ações:

As ações chinesas fecharam em queda na quinta-feira. O índice Shanghai Composite caiu 0,12% e o Shenzhen Component fechou com queda de 0,13%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,24%, seguindo as perdas em Wall Street devido a novos temores de alta da inflação e sell-off em ações de tecnologia.

 

Tradução: Mei Zhen Li

Fonte: 21st Century Business Herald