Por: Garry Li
Recentemente, a Xiaomi surpreendeu o mercado ao revelar seu mais recente empreendimento: o Xiaomi Car SU7. Sob o tema “Transcender”, essa iniciativa marca um marco significativo, celebrando os primeiros 1000 dias de imersão da empresa na complexidade do universo automotivo.
Em um setor que recebe avanços tecnológicos constantes, a conferência enfrentou o desafio de impressionar um público cada vez mais exigente por autênticas inovações. Entre os destaques, recursos como 800V, chip 8295, integração CTB para a bateria no chassi, estrutura de carroceria de alta resistência e assistência avançada de direção automática capturaram a atenção, embora alguns críticos observem similaridades com ofertas de marcas concorrentes.
Como é de praxe para aqueles que adentram o setor automotivo, a Xiaomi Car encontra-se no dilema de apresentar conceitos já discutidos, suscitando uma recepção potencialmente mais cautelosa entre consumidores em busca de autênticas inovações.
A Xiaomi tem persistido em investir em tecnologias distintas. O motor elétrico Xiaomi Super V8s, por exemplo, merece atenção, com sua notável velocidade de rotação de 27.200 rpm, prometendo uma aceleração ágil e eficiente. A abordagem inovadora de inverter as células da bateria também eleva os padrões de segurança, mitigando riscos associados às orientações convencionais.
Outro aspecto notável é a rigidez torcional excepcionalmente alta do chassi, atingindo 51.000Nm/deg (com bateria), indicando robusto suporte técnico para a tecnologia integrada de bateria e chassi CTB. Além disso, a Xiaomi apresentou globalmente, pela primeira vez, um modelo de aprendizado de máquina de ponta a ponta para percepção e tomada de decisão, destacando-se como uma iniciativa notável na busca pela direção autônoma.
Comparativamente, a Xiaomi adota uma abordagem de aprendizado de máquina de ponta a ponta, diferenciando-se de concorrentes como Tesla e Xiaopeng, que optam por uma estrutura de múltiplas tarefas. Essa escolha visa uma integração completa, com resultados mais eficazes na busca pela direção autônoma.
Para potenciais consumidores brasileiros, a Xiaomi Car apresenta atrativos, como um amplo espaço no porta-malas dianteiro de 105 litros, superando veículos de marcas renomadas como Porsche e Tesla. Detalhes práticos, como maçanetas semiembutidas e a preservação de botões físicos, visam aumentar a conveniência para os motoristas. O sistema de cinco telas conectadas em todo o veículo proporciona experiências interativas, desde jogos até uma integração suave com dispositivos móveis.
O tópico que dominou as redes sociais após o evento foi o “Preço do Xiaomi Car”. O CEO Lei Jun destacou que o veículo possui desempenho comparável ao Tesla Model S, descartando a possibilidade de preços tão baixos quanto 149.000 yuans. A estratégia de posicionamento do SU7 Max segue uma abordagem semelhante aos modelos bem-sucedidos anteriores da Xiaomi, oferecendo uma proposta de valor competitiva em comparação com configurações semelhantes. O foco na categoria premium reflete a estratégia de negócios da Xiaomi, que evoluiu desde os primeiros dias da marca.
Tradução: Mei Zhen Li
Imagem principal: Divulgação
