A China teve uma queda na taxa de emprego urbano pela primeira vez em seis décadas. Cerca de 459,3 milhões de pessoas estavam empregadas em áreas urbanas no final de 2022, 8,4 milhões a menos em relação ao ano anterior, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS, sigla em inglês) mostraram nesta terça-feira (28).
Um total de 733,5 milhões de pessoas tinham empregos na China no final do ano passado, de acordo com os dados.
Há várias razões por trás do declínio no emprego urbano, incluindo a diminuição da população em idade de trabalhar, menor participação da força de trabalho e redução da demanda, disse Zhang Chenggang, diretor do centro de pesquisa de empregos da Capital University of Economics and Business (CUEB), informou à Yicai Global.
As encomendas no exterior continuaram a cair no ano passado por causa da pandemia, levando a um declínio na demanda de mão de obra e menos trabalhadores rurais se mudando para as cidades, o que resultou diretamente na queda do número de empregos urbanos, Zhang apontou.
Mesmo depois que a China flexibilizou a política de prevenção e controle Covid-19, as perspectivas para o mercado de trabalho não são otimistas, acrescentou Zhang, observando que o emprego urbano pode continuar a cair durante o próximo ano ou dois.
O envelhecimento da população da China é outra razão importante para a queda na taxa de emprego. A população trabalhadora de 16 a 59 anos começou a contrair após atingir um pico de 940 milhões em 2011. Seus números caíram em 6,6 milhões a 875,6 milhões no final do ano passado a partir de 2021, de acordo com o NBS.
Yao Kai, diretor do centro global de pesquisa da Universidade Funda para o desenvolvimento de talentos em ciência e tecnologia, a China deve investir mais no treinamento da força de trabalho existente.
Além disso, o país também precisa dar todo apoio aos idosos e fornecer treinamento e apoio no emprego para aqueles que desejam continuar trabalhando, disse Yao Kai.
Fonte: Yicai Global