A próxima 15ª Cúpula dos líderes dos países do BRICS, bloco que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a ser realizada em Johannesburgo, com início na próxima semana, tem despertado interesse de outros países emergentes. Este será o primeiro encontro a ser realizado de forma presencial desde o início da pandemia de Covid-19. Segundo o governo brasileiro, dos países do bloco, estarão presentes os presidentes Lula (Brasil), Cyril Ramaphosa (África do Sul) e Xi Jinping (China), e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participará de forma remota.
Numerosos países em desenvolvimento e emergentes expressaram forte desejo de aprofundar sua cooperação com os países do BRICS. A Ministra de Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Naledi Pandor, recentemente declarou que 67 líderes de países africanos e do Sul Global foram convidados para participar do Diálogo entre os países do BRICS e a África, além do Diálogo BRICS+, com cerca de 20 representantes de organizações como a Comissão da União Africana, as Nações Unidas e grupos de economia regionais, convidados a participar de reuniões prévias à cúpula.
O sucesso da cooperação entre os países do BRICS nos 17 anos de existência aumentou a confiança dos países que desejam acelerar seu desenvolvimento enquanto mantêm sua independência. Isso ganhou grande reconhecimento e confiança das nações em desenvolvimento em todo o mundo.
Os países do BRICS se tornaram uma importante força emergente na economia mundial. De acordo com dados estatísticos divulgados em março deste ano pelo instituto de pesquisa econômica Acorn Macro Consulting do Reino Unido, quando considerado o poder de compra, até 2022 a participação dos países do BRICS na economia global ultrapassou a do Grupo dos Sete (G7). O Fundo Monetário Internacional prevê que nos próximos cinco anos a contribuição dos países do BRICS para o crescimento econômico global chegará a quase 40%.
Nos últimos anos, os países do BRICS têm fortalecido sua cooperação prática em áreas como redução da pobreza, segurança alimentar, combate à COVID-19 e vacinação, financiamento para o desenvolvimento, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável, industrialização, economia digital, conectividade e muito mais. Isso tem injetado energia na recuperação econômica global.
Fonte: Daily Economic
Imagem principal: Rao Aimin/ Xinhua