Empreendedorismo

Luckin Coffee, maior cafeteria da China que serve café brasileiro, é destaque na CIIE

maior cafeteria da China
Fonte da imagem: Luckin Coffee/ Divulgação

Entre os destaques da 8ª edição da China International Import Expo (CIIE), iniciada em Xangai no dia 5 de novembro, esteve a Luckin Coffee. A marca chinesa foi oficialmente reconhecida como “marca de café recomendada pela CIIE”. Os icônicos copos azuis da empresa chamaram atenção em diversos pavilhões, como os do Brasil e da Indonésia, onde a Luckin marcou presença com lojas pop-up, ativações culturais e exibições temáticas.

A estratégia global da Luckin baseia-se na construção de cadeias de suprimento sustentáveis e em parcerias de longo prazo com países produtores. No caso do Brasil, a relação avançou de forma significativa. Durante a Cúpula do G20 em 2024, a empresa firmou um memorando de entendimento com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) para a compra de 240 mil toneladas de café em cinco anos, investimento estimado em cerca de RMB 10 bilhões.

Mais do que compradora, a Luckin vem se posicionando como parceira no desenvolvimento local. Desde 2024, a companhia mantém escritório e centro de apoio a produtores no Brasil, além de ter lançado o “Programa de Apoio a Pequenos e Médios Cafeicultores”, voltado ao fortalecimento da sustentabilidade na cadeia produtiva. No mercado chinês, promoveu duas edições do Festival da Cultura do Café do Brasil e inaugurou o Museu do Café do Brasil, reforçando os laços culturais e comerciais entre os dois países.

O “Modelo Luckin” e a nova globalização das marcas chinesas

A atuação da Luckin Coffee na CIIE ilustra uma nova fase da globalização das marcas chinesas. Se antes a expansão internacional se concentrava na exportação de produtos e capital, agora ela se apoia na “exportação de capacidades” — integrando recursos globais a partir da demanda do mercado chinês e promovendo desenvolvimento conjunto.

Essa estratégia está alinhada às diretrizes do 15º Plano Quinquenal da China, que enfatiza a ampliação da abertura econômica de alto nível e a cooperação com países do Sul Global. Além disso, a empresa vem incorporando práticas ESG nas origens do café, como o apoio a 20 mil famílias de agricultores em Yunnan e programas de fornecimento de mudas e fertilizantes na Indonésia.

Com essa abordagem, a Luckin Coffee consolida-se como exemplo de como marcas chinesas podem transcender fronteiras econômicas, tornando-se agentes ativos na construção de pontes culturais, comerciais e de sustentabilidade no cenário global.

Fonte: finance.sina.com.cn