A China tornou-se atualmente o maior importador mundial de produtos alimentares. De acordo com as estatísticas da Câmara de Comércio de Importação e Exportação de Alimentos da China (CCCFNA, sigla inglês), o total das importações de alimentos do país atingiu US$ 134,6 bilhões em 2021, um aumento de 25% em relação ao ano anterior. O crescimento líquido das importações de alimentos no ano foi de US$16,9 bilhões, ocupando o primeiro lugar do mundo. Entre eles, o valor das importações de laticínios atingiu US$ 14,1 bilhões em 2021, com um crescimento anual médio de 11,27%, maior do que o crescimento do comércio total de importações de bens da China no mesmo período.
Ma Haihua, diretor da plataforma de serviços públicos de importação de alimentos da CCCFNA, disse: “A indústria de alimentos importados da China está entrando na fase de desenvolvimento de marca própria, adaptando ao paladar chinês, com varejo direto e colheita, globalização de recursos e produção no exterior”.
A redução da tarifa, a eliminação de barreiras padrão, a facilitação do comércio, as regras de origem preferenciais e a liberalização do investimento, entre outros aspectos, impulsionaram a recuperação e o crescimento sustentado da economia global no âmbito do mecanismo do acordo RCEP.
De acordo com Zhang, pesquisadora do Instituto Internacional de Economia e Comércio da Universidade de Comércio Exterior de Xangai, nos últimos cinco anos, o volume de comércio de produtos lácteos importados da China dos países associados do RCEP aumentou ano a ano, de US$ 4,3 bilhões em 2017 para US$ 7,46 bilhões em 2021, um crescimento anual médio de quase 15%.
Além disso, no ano passado, o comércio de produtos lácteos importados de países do acordo RCEP representou 52,9% do total de nossas importações de produtos lácteos. Em termos de números, mais da metade do comércio de produtos lácteos importados veio de países membros da RCEP.
No entanto, o RCEP ainda não estabeleceu normas padronizadas para as regras técnicas de comércio. Em resposta às preocupações das empresas sobre como aproveitar a questão das regras RCEP, Zhang deu três sugestões principais:
Em primeiro lugar, as empresas podem evitar concentrações excessivas de origem e garantir a segurança do comércio, recorrendo às regras de origem para a reestruturação e optimização da origem. As empresas podem, ao mesmo tempo, utilizar as regras de origem para desenvolver operações de reexportação, visando as categorias em que as vantagens dos países membros da RCEP não são evidentes, buscando ativamente operações de reexportação de países de origem europeus e americanos.
Em segundo lugar, as empresas nacionais devem aumentar a capacidade da indústria de criação e, ao mesmo tempo, atrair investimentos estrangeiros para a indústria de criação nacional. As empresas nacionais de laticínios também podem investir na indústria de criação de países membros da RCEP.
Em terceiro lugar, devido à crescente demanda dos consumidores domésticos por produtos lácteos frescos, as empresas podem cooperar com os países membros da RCEP para desenvolver um negócio de importação de leite fresco com vida útil curta para atender ao mercado interno. As indústrias de leite não-bovino, como produtos lácteos de cabra e produtos lácteos de camelo, também têm grande potencial de mercado.
Tradução: Mei Zhen Li
Fonte: 21st Century Business Herald