Empreendedorismo

Indústria chinesa se prepara para pico de demanda da Copa do Mundo de 2026

Copa do Mundo de 2026
Fonte da imagem: Alfândega de Yiwu/Divulgação via Xinhua

A nove meses da abertura da Copa do Mundo de 2026 nos Estados Unidos, Canadá e México, a cidade de Yiwu, conhecida como o “supermercado do mundo”, já registra aumento nas exportações ligadas ao evento.

De janeiro a julho de 2025, as vendas externas de artigos esportivos da cidade somaram RMB 6,78 bilhões, alta de 16,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a Alfândega de Yiwu. Desse total, RMB 1,88 bilhão teve como destino os três países-sede, com crescimento de 10%.

No Mercado Internacional de Yiwu, compradores estrangeiros antecipam pedidos. Hossam, comerciante da Jordânia, afirmou que a estreia de seu país na Copa elevou a procura por produtos de futebol. Ele viajou à cidade para garantir encomendas. Vendedores locais relatam que, já em maio e junho, começaram a receber solicitações relacionadas ao torneio, período em que tradicionalmente o comércio registra baixa.

Inovação e patentes para ampliar participação no mercado

Com o aumento da demanda, empresas de Yiwu apostam em inovação e na proteção da propriedade intelectual. O comerciante Wen Congjian desenvolveu linhas de camisetas de torcedores voltadas aos países-sede e lançou versões infantis e femininas. Desde o início de 2025, registrou mais de 40 patentes no exterior.

Já Ling Tianle, especializado em cornetas de torcida, apresentou novos modelos neste ano. Um deles, a corneta de três seções com suporte para bandeira nacional, teve forte saída e foi exportado em grandes quantidades para o Brasil.

A diversidade de produtos também atrai comerciantes internacionais. Ram, dono de uma loja de pulseiras, afirmou que visita Yiwu até três vezes por ano e que decidiu antecipar as compras para a Copa de 2026.

Indústria local amplia produção para atender à demanda

O aumento das encomendas levou fábricas de Yiwu a expandirem linhas de produção e reforçarem estoques. Uma fabricante de bolas de futebol informou que a produção mensal já ultrapassa 100 mil unidades. Em outra empresa, especializada em cachecóis, foram adquiridas 20 máquinas de tricô em 2024 para atender ao volume extra de pedidos.

Além disso, fornecedores locais intensificaram os contratos de insumos, como fios e tecidos, para evitar gargalos na cadeia de produção. Comerciantes estimam que entre setembro e outubro de 2025 ocorra uma nova onda de pedidos, seguindo o padrão observado em Copas anteriores.

O comércio eletrônico transfronteiriço também tem reduzido prazos de entrega, o que amplia a capacidade de resposta das fábricas locais às encomendas de última hora.

Fonte: news.cctv.com