Destaques da Semana Cultura

Festival da Lua e a Mitologia romântica de Chang’e Houyi

Festival da Lua, ou Festival de Meio do Outono, teve origem na adoração das paisagens celestiais, que evoluíram das antigas cerimônias de sacrifícios para contemplar os deuses. A data escolhida para o festival é estratégica: acontece no 15° dia do 8° mês lunar do calendário chinês. Nesse período, a lua está no seu estado mais charmoso do ano. A lua cheia representa muito para a cultura chinesa, a fonética similar à união traz associações como saudades dos familiares, boa colheita, felicidade, entre outros.

A celebração do Festival da Lua envolve a apreciação da lua, comer bolos lunares, fazer lanternas chinesas, apreciar flores de osmanthus, beber vinho de osmanthus e outros costumes tradicionais que vieram das mais antigas histórias da China.

Não somente a China comemora o festival, países como Indonésia, Singapura, Filipinas, Vietnam, Japão e Coréia do Sul, são influenciados pela cultura chinesa. Com o conhecimento mais profundo da China pelos públicos do ocidente, o festival começa ter influências no mundo todo, e é uma porta de entrada para a cultura milenar chinesa.

Exitem várias mitologias populares da China que descrevem a origem do festival, a mais conhecida e aceita é a história do casal Chang’e e Hou Yi.

“Conforme a mitologia, o céu tinha dez sois, a Terra era insuportavelmente quente, a população não conseguia plantar e a doença estava presente em todo lugar. Um herói chamado Hou Yi decidiu salvar o mundo desta situação, levantou o seu arco e chegou ao topo da montanha KunLun, acertou os 9 sois e deixou o último sol para iluminar a Terra. Foi então que Hou Yi ficou conhecido por todos e atraiu vários discípulos.

As coisas estavam indo ao rumo de um final feliz, porém as deusas queriam agradecer o ato do Hou Yi e ofereceram a chance de tornar-se imortal, com uma pílula que dá vida eterna e qualidades de um deus, Porém, isso significava também que ele não poderia mais conviver com os imortais, e precisaria se separa da  sua amada Chang’e. Isso ele não conseguiu aceitar. A pílula foi guardada pelo casal e eles combinaram de nunca abrir o baú.

Um dos discípulos, o impostor FengMeng, se preparou para roubar a pílula de seu mestre, pois desejava entrar na porta dos deuses da forma mais deprezível. Ele sabia que não era páreo para seu mestre, e escolheu uma noite que foi fazer uma viagem longa, levou a sua espada e ameaçou Chang’e para entregar a pílula. Chang’e fez as suas últimas defesas e no momento crítico ela preferiu ingerir a pílula do que deixar para um impostor. Ela começa a flutuar cada vez mais alto, a escuridão da noite desaparece, todos os indivíduos da Terra conheceram a ascendência de uma nova deusa da Lua.

Hou Yi e Chang’e foram separados cruelmente para sempre. Um estava na Terra, outro no palácio da Lua. A saudade profundo por seu marido não desapareu mesmo que passasse décadas, séculos ou milênio. Criou o bolo lunar para demonstrar a saudade ao seu amor. Todos da Terra sentiram a saudade de Chang’e e começaram a fazer o mesmo bolo lunar para estar junto com a sua deusa.”

Por fim desejo a todos os leitores da China2Brazil felicidade, união com a família e sucesso na vida profissional. Muita gratidão por acompanhar o nosso crescimento.

 

Fonte: História do Chang’e; Costumes da Festival de meio do Outono