Nesta terça-feira (11), aconteceu a primeira Feira de Universidades Chinesas em São Paulo, organizada pelo Instituto Confúcio e pela ESPM. O evento “Estude em Pequim, China” contou com a presença de 15 instituições chinesas, incluindo sete universidades, sete escolas de ensino médio e a empresa responsável pelos exames de proficiência em chinês, o HSK.
Em 2014, 1.171 estudantes brasileiros se matricularam em instituições de ensino na China, ocupando o primeiro lugar na América do Sul, segundo Yu Peng, cônsul-geral da China em São Paulo. De acordo com o cônsul, estudar na China é uma oportunidade para aprender sobre o país. “Ao mesmo tempo em que ampliam seus horizontes e se aperfeiçoam, eles podem ser pioneiros na formação de uma percepção correta e praticantes de uma cooperação amigável”, disse.
Wei Xubin, vice-diretor geral da Comissão Municipal de Educação de Pequim, informou que a capital chinesa conta atualmente com 47 mil alunos estrangeiros, provenientes de 184 países, distribuídos em 90 instituições de ensino superior e centros de pesquisa. “Nosso objetivo é, em 2028, alcançar 80 mil estudantes estrangeiros em Pequim e, até 2035, transformar a cidade em um importante centro global de estudo no exterior e em um destino almejado por jovens talentos de destaque de todo o mundo”, afirmou.
Para facilitar a transmissão de informações a alunos interessados, será lançado o portal “Estude em Pequim”, em nove idiomas diferentes. A plataforma permitirá que os estudantes acessem, em um só lugar, informações abrangentes para a escolha das instituições e cursos que melhor atendam ao seu desenvolvimento pessoal. Além disso, para ampliar os canais de comunicação com os estudantes, o programa também contará com contas em todas as principais redes sociais ocidentais, com atualizações frequentes sobre as oportunidades disponíveis.
No Brasil, o Colégio Bilíngue Dexin será a base de recrutamento de estudantes brasileiros para as universidades chinesas.
IEST Group firma parceria com universidade chinesa
Durante a cerimônia, o IEST Group assinou um acordo de cooperação com a Universidade Normal da Capital, de Pequim, para trocas de informações, de oportunidades de ensino e trabalho entre chineses e brasileiros.

O IEST Grop foi a única instituição privada a estar presente no evento, formalizando parceria com uma instituição de ensino da China. “Isso mostra o pioneirismo do IEST Group em estabelecer pontes entre o setor privado brasileiro e as instituições educacionais da China. Estamos comprometidos em criar oportunidades reais de intercâmbio e crescimento para jovens talentos dos dois países”, afirmou Daniel Lau, diretor comercial do IEST Group.
Oportunidades para alunos brasileiros
Luís Antônio Paulino, professor e diretor do Instituto Confúcio na Unesp, destacou: “O propósito é divulgar as oportunidades de estudo na China e isso representa um passo importante no esforço de aproximação acadêmica entre Brasil e China”.
O professor Alexandre Uehara, Membro do Núcleo de Estudos e Negócios Asiáticos e professor do curso de Relações Internacionais da ESPM, afirmou: “A ESPM tem como característica a constante busca pela inovação, e uma parceria entre nossas instituições, como este evento, vai abrir novas oportunidades para nossos alunos”.
Samo Tosatti, chefe da Assessoria Internacional do Governo do Estado de São Paulo, lembrou que a cooperação entre Brasil e China começou no campo econômico e se estendeu para outras áreas, como tecnologia, cultura e educação. “O campo da educação ganhou proeminência, e isso só vai aumentar. Hoje notamos que o epicentro mudou para a China — é um lugar para estar, para conhecer”, disse.
Marília Marton, secretária estadual da Cultura, Economia e Indústrias Criativas de São Paulo, destacou que a feira representa uma grande oportunidade para que os alunos brasileiros possam vivenciar a experiência educacional chinesa. “A importância da educação para a cultura chinesa é muito forte. A educação é a grande porta para que as pessoas possam alcançar outras oportunidades na vida. Estar na China é ver como eles estimulam a questão cultural e educacional de forma integrada. Isso mostra que temos muito a avançar”, disse.

André Bueno, deputado estadual de São Paulo e presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, ressaltou: “Cada aluno tem a possibilidade de viver o que seus pais e avós não viveram, então devem aproveitar essa oportunidade”.
Por fim, o professor doutor Cesar Martins, vice-reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), afirmou que o Instituto Confúcio tem sido uma ponte cultural e educacional entre Brasil e China. “No passado, buscávamos a América do Norte e a Europa, mas agora precisamos olhar para a Ásia e para a China. Esse é um momento significativo para a aproximação entre os povos”, concluiu.
Universidades participantes
- Universidade de Pequim
- Instituto de Tecnologia de Pequim
- Universidade Médica da Capital
- Universidade Normal da Capital
- Universidade de Tecnologia do Norte da China
- Universidade Vocacional de Ciência e Tecnologia de Pequim
- Colégio de Política para Jovens de Beijing
Escolas
- Segunda Escola Secundária Afiliada à Universidade Normal da Capital
- Escola Secundária Zhongguancun de Pequim
- Escola Experimental Afiliada à Escola de Formação de Professores de Haidian
- Escola Secundária Afiliada à Universidade Tsinghua – Campus Rua Xueyuan
- Escola Yuying de Pequim
- Escola Secundária Afiliada à Universidade Tsinghua – Zhixin
- Escola Secundária nº 39 de Pequim
Organização convidada
- Chinese Testing International Co., Ltd.