No verão, o Lego Resort de Xangai atraiu grande fluxo de turistas. É o primeiro parque temático da Lego na China e o maior do mundo, inaugurado em tempo recorde. “Da construção à abertura, foram apenas 18 meses. Nesse processo, recebemos apoio direto do governo. O ambiente de negócios em Xangai permitiu que alcançássemos a chamada ‘velocidade chinesa’”, afirmou Chen Jie, gerente-geral do Lego Resort.
Em 2025, Xangai recebeu novos projetos multinacionais. A Toyota criou uma empresa independente de pesquisa, desenvolvimento e produção de veículos elétricos Lexus e baterias. A Louis Vuitton lançou uma estrutura multifuncional que reúne exposição, boutique e gastronomia, transformando-se em ponto de atração turística. Já a Dassault Systèmes inaugurou seu primeiro laboratório de inovação aberta na China, voltado para manufatura avançada, novos materiais, infraestrutura verde e ciências da vida.
Segundo Pascal Daloz, diretor de negócios de inovação da Dassault Systèmes para a China, a companhia acumula 20 anos de presença no país, com crescimento superior a 22 vezes no período. Ele afirmou que a empresa pretende estar “na China, pela China”, integrando-se ao ecossistema local e apoiando startups para que alcancem o mercado global.
Além dos novos investimentos, empresas já estabelecidas ampliam operações. A ABeam Consulting, por exemplo, expandiu seu escopo de atuação. “No início, apoiávamos empresas japonesas na China. Agora, também auxiliamos companhias chinesas a entrarem no Sudeste Asiático, África e outras regiões”, disse Yosuke Nakano, presidente da subsidiária em Xangai.
No setor jurídico, o escritório conjunto Baker McKenzie FenXun, fundado em 2015 na Zona de Livre Comércio de Xangai, consolidou-se como modelo de cooperação entre firmas chinesas e estrangeiras. “As políticas de escritórios conjuntos abriram espaço para serviços jurídicos integrados em várias jurisdições, atendendo empresas que buscam internacionalização”, explicou Shi Miao, sócio sênior da firma. Neste ano, o escritório passou a integrar o conselho do Centro de Serviços Integrados de Internacionalização de Empresas de Pudong, em Xangai.
Dados oficiais mostram que, entre janeiro e julho de 2025, Xangai registrou a criação de 3.624 novas empresas estrangeiras, alta de 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A cidade já reúne cerca de 80 mil companhias internacionais, além de 1.050 sedes regionais de multinacionais e 623 centros de P&D.
De acordo com autoridades locais, a estratégia das empresas passou de “investir na China” para “enraizar-se na China”, e agora avança para parcerias de longo prazo em setores estratégicos. O movimento reflete o poder de atração do mercado chinês e suas perspectivas de expansão.
Fonte: news.cn
Adicionar Comentário