Empreendedorismo

Empresas brasileiras conquistam mercado chinês além do agronegócio

Empresas brasileiras mercado chinês

A China e o Brasil têm estreitado sua relação comercial e cada vez mais empresas brasileiras estão buscando diversificar seus produtos e serviços exportados para o mercado chinês. Um exemplo de empresa que tem aproveitado as oportunidades que o mercado chinês oferece é a Havaianas, um ícone brasileiro que tornou-se uma sensação na China. Com seu estilo descontraído e designs coloridos, a marca cativou o público jovem chinês.

As Havaianas se tornaram um símbolo do estilo de vida brasileiro, transportando a energia positiva do Brasil para a China. A empresa está presente na China desde 2010, e tem uma estratégia de vendas 100% digital, utilizando plataformas como Tmall, JD.com e WeChat. Além disso, a marca estuda abrir lojas físicas no país, para aumentar sua visibilidade e proximidade com os consumidores. A Havaianas também investe em campanhas de marketing que exploram a cultura e os valores brasileiros, como a alegria, a diversidade e a sustentabilidade.

Outro exemplo é a Melissa, uma marca brasileira de calçados de borracha que entrou em um nicho variado do mercado de sapatos. A marca se destaca pelos seus modelos divertidos e originais que acompanham as modas do mercado. A Melissa usa o Weibo para divulgar os seus produtos e tem uma boa interação dos consumidores em várias redes sociais chinesas. No Xiaohongshu, considerado uma espécie de “Instagram” da China, muitos usuários mostram os sapatos únicos da Melissa, combinando-os com seus looks do dia.

Outra área que vem crescendo na China é a de alimentos naturais e saudáveis, como o açaí, uma fruta típica da Amazônia. Para levar esse produto para o mercado chinês, uma consultoria brasileira e uma gigante chinesa de distribuição de alimentos formaram uma joint venture chamada Tianjin Food Sete. Essa parceria vai facilitar a exportação de sucos naturais e açaí de fabricantes brasileiros para os consumidores chineses, que estão cada vez mais interessados em produtos orgânicos e de qualidade.

Brasil e China no comércio agrícola

A China é o maior fornecedor de produtos para o Brasil, respondendo por 22% de todas as suas compras externas em 2022. O Brasil, por sua vez, vende 4,4% de tudo o que a China importa, o que equivale a 26% de todas as vendas externas do Brasil.

A soja é um dos principais produtos exportados do Brasil para a China, sendo responsável por 62% de todo o consumo chinês desse grão em 2021. Essa relação comercial é fundamental para a economia dos dois países, especialmente para a China, que depende da soja brasileira para alimentar o seu setor agropecuário. Além da soja, o Brasil também fornece outros produtos agrícolas, como carne, madeira, açúcar, álcool, fibras e têxteis. Esses produtos somaram US$ 49 bilhões em 2021, representando 83,2% de todas as exportações agrícolas do país para a China.

Essa relação comercial beneficia ambos os países e abre novas oportunidades para as empresas brasileiras. A Suzano, uma fabricante de celulose sediada no Brasil, entrou no mercado chinês nos anos 80 e agora é uma das maiores do mundo nesse ramo.

Créditos: China2Brazil
Imagem principal: Freepik