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Economia de baixa altitude pode movimentar RMB 6 trilhões na China até 2035

Economia de baixa altitude 2035
Fonte da imagem: Xinhua

A China intensificou políticas públicas, investimentos e projetos-piloto em cidades como Pequim, Xangai e Shenzhen, buscando estruturar uma cadeia produtiva nacional para o avanço da economia de baixa altitude. A estratégia inclui desde o desenvolvimento de veículos aéreos elétricos de decolagem e pouso vertical (eVTOLs) até a ampliação da infraestrutura e a reforma da gestão do espaço aéreo.

Corrida global pela economia de baixa altitude

Países como Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Japão e Brasil também avançam na exploração do espaço aéreo de baixa altitude. Segundo a consultoria Roland Berger, esse mercado deve ultrapassar RMB 60 trilhões até 2050. A previsão é que 2025 marque o início da comercialização em larga escala dos eVTOLs e do transporte aéreo urbano (UAM).

Empresas como Boeing, Airbus, Joby e Lilium lideram o desenvolvimento de aeronaves nesse segmento. Os governos atuam com políticas coordenadas, promovem a certificação de novas tecnologias e incentivam a integração entre setores civil e militar.

China acelera investimentos e amplia participação no setor

Em 2023, a economia chinesa de baixa altitude cresceu 33,8% em relação ao ano anterior. A fabricação de aeronaves e os serviços operacionais representaram 55% da atividade econômica, enquanto a cadeia de suprimentos, consumo e transporte respondeu por cerca de 40%. Infraestrutura e serviços de apoio ainda possuem espaço para expansão.

Estudos de mercado apontam que o setor pode movimentar mais de RMB 6 trilhões até 2035. O número de empresas registradas e o total de aeronaves em operação aumentam de forma constante, puxados pelo crescimento da aviação geral.

Políticas nacionais estruturam ambiente para inovação

O governo chinês implementou marcos regulatórios e políticas de estímulo. Entre eles está o “Parecer sobre a reforma da gestão do espaço aéreo de baixa altitude” e, desde março de 2024, o setor passou a integrar o Relatório de Trabalho do Governo como área estratégica.

Essas políticas priorizam a abertura do espaço aéreo e a padronização dos drones. Shenzhen, por exemplo, consolidou uma cadeia produtiva de drones com empresas como DJI e Fengyi Technology. Pequim aposta em pesquisa e desenvolvimento para se posicionar como polo nacional de inovação. Já Xangai concentra startups de eVTOLs, com destaque para AGILE ROBOTICS, TCab Tech, Volant e Vertaxi. Chengdu lidera o uso de drones industriais e pleiteia a gestão autônoma do espaço aéreo abaixo de 600 metros.

Fonte: news.cn