Economia

Cooperação entre China e América Latina dá impulso adicional para economia da região

China e América Latina
Fonte da imagem: vbjunior/ Adobe Stock

A cooperação econômica e comercial entre a China e a América Latina continua avançando de forma constante, impulsionando o desenvolvimento econômico na região. De acordo com um relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), o comércio de bens entre a China e a América Latina atingiu US$ 427,4 bilhões nos primeiros três trimestres de 2024, um crescimento de 7,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A expectativa é de que o volume total ultrapasse US$ 500 bilhões até o final do ano, consolidando a China como o segundo maior parceiro comercial da América Latina e o principal parceiro de países como Brasil, Chile e Peru.

Neste ano, a cooperação econômica e comercial entre a China e diversos países da região obteve novos avanços. Em maio, entrou em vigor o Acordo de Livre Comércio China-Equador, ampliando os laços comerciais. Além disso, a China assinou um acordo preliminar de livre comércio com Honduras e concluiu, de maneira substancial, as negociações para a atualização do acordo de livre comércio com o Peru. Atualmente, a China conta com cinco parceiros de livre comércio na América Latina.

A parceria também se fortalece por meio da Iniciativa do Cinturão e Rota, com foco em projetos de infraestrutura de alta qualidade. Um marco importante foi a inauguração do Porto de Chancay, no Peru, em novembro de 2024. Renato Valderrama, pesquisador do Centro de Pesquisa e Ensino de Economia do México, destacou que o projeto exemplifica como a China promove a cooperação internacional por meio de iniciativas voltadas para o desenvolvimento sustentável e a modernização. Infraestruturas como essa devem impulsionar o desenvolvimento econômico do Peru e de toda a região do Pacífico, promovendo maior conectividade e integração regional.

A cadeia industrial de novas energias da China desempenha um papel crucial na transição verde da América Latina, fornecendo soluções acessíveis e abrangentes para o desenvolvimento sustentável da região. A China tem participado ativamente da construção de usinas fotovoltaicas em diversos países latino-americanos, contribuindo para a transição energética. Em junho de 2024, foi concluído no Brasil um importante projeto fotovoltaico liderado pela State Power Investment Corporation, com uma capacidade total instalada de 738 megawatts nas usinas de Panati e Marangatu. Este projeto fornece energia limpa para centenas de milhares de famílias locais anualmente, reforçando o compromisso com a sustentabilidade.

No setor automotivo, os modelos de veículos elétricos de marcas chinesas, como BYD, Great Wall Motors e Yutong Bus, estão conquistando crescente aceitação entre os consumidores da América Latina. Segundo dados do Ministério das Telecomunicações e Transportes do Chile, até agosto de 2024, 2.480 dos quase 7.000 ônibus em circulação na capital Santiago eram 100% elétricos e fabricados na China. Paola Tapia, diretora da Autoridade de Transporte Público de Santiago, destacou que a eletrificação do transporte é um objetivo desafiador, mas a cooperação entre o Chile e a China está tornando esse avanço uma realidade concreta.

Fonte: news.cn