Economia

Comércio exterior chinês bate recorde com aumento de 27,1% no primeiro semestre

No primeiro semestre de 2021, as importações e exportações de mercadorias da China totalizaram 18,07 trilhões de yuans (US$ 2,79 trilhões), um aumento de 27,1% em relação ao ano anterior. Desse total, as exportações totalizaram 9,85 trilhões de yuans (US$ 1,52 trilhão), ou seja, um aumento de 28,1%; as importações atingiram 8,22 biliões de yuans (US$ 1,27 trilhão), marcando um aumento de 25,9%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (13), pela Administração-Geral das Aduanas da China (GACC, sigla em inglês).

O volume das exportações e importações da China subiram 22,8% no 1º semestre em relação ao mesmo período em 2019, atingindo o nível mais alto da história, marcando um aumento de crescimento positivo pelo 13º mês consecutivo.

Porém, atualmente as empresas de comércio exterior do país ainda enfrentam quatro grandes dificuldades: a ineficiência do transporte marítimo internacional e os preços elevados; a volatilidade crescente da taxa de câmbio do yuan; o aumento dos preços das matérias-primas que faz aumentar os custos das empresas; o recrutamento de mão-de-obra difícil e caro em algumas regiões. Todos esses pontos fazem com que algumas empresas tenham o fenómeno de “medo de receber a encomenda e não gerar lucro na exportação”.

 

Exportação de carro, economia dentro de casa mais que dobra

 

Li Kui wen, porta-voz da Aduana, informou em The State Council Information Office of China (SCIO, sigla em inglês), que no 1º semestre, o número de empresas chinesas com um desempenho de importação e exportação aumentou em 36 mil, chegando a 479 mil. As empresas de comércio exterior do país estão em pleno funcionamento para promover a produção e estabilizar o comércio internacional, e o volume de mercadorias importadas e exportadas aumentaram 16% e 29%, respectivamente.

Ren Hongbin, ministro assistente do Comércio, disse que o aumento dos preços dos commodities impulsionou o crescimento das importações em mais de seis p.p nos meses de janeiro-maio. Entre eles, os produtos que fizeram esse aumento de 5,6 p.p são minério de ferro, bronze, aço, petróleo bruto e entre outros. A baixa base do ano passado aumentou o crescimento das importações e exportações em 6,6 p.p de janeiro-maio.

Desde o ano passado, com a exploração da pandemia no mundo inteiro, as exportações de material de prevenção de pandemia da China duplicaram por meses consecutivos. Mas com a desaceleração da pandemia na China, os produtos de bens de consumo duradouro, representado por pequenos eletrodomésticos e “Stay at Home Economic” estão tornando-se os produtos importante para o crescimento das exportações.

Segundo os dados da Aduana, no 1º semestre, as exportações de máquinas e aparelhos da China totalizaram 5,83 trilhões de yuans (US$ 901,29 bilhões), um aumento de 29,5% e ocupando 59,2% do valor total das exportações, um aumento de 0,6 p.p em termo anual; as exportações de equipamento automático de processamento de dados e acessórios de peças, celulares e veículos automóveis aumentaram, respectivamente, 17%, 23,3% e 101, 4%.

 

Comércio entre a China e o EUA sobe 34,6%

No primeiro semestre, as importações e exportações da China para os seus três principais parceiros comerciais, a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, sigla em inglês), a União Europeia (UE, sigla em inglês) e o EUA, atingiram, respectivamente, 2,66 bilhões de yuans (US$ 411,22 bilhões), 2,52 bilhões de yuans (US$ 389,58 bilhões) e 2,21 bilhões de yuans (US$ 341,65 bilhões), o que corresponde a um aumento de 27,8%, 26,7% e 34,6%; as importações e exportações para o Japão atingiram 1,18 trilhões de yuans (US$ 182,42 bilhões), ou seja, um aumento de 14,5%. Durante o mesmo período, as importações e exportações da China para os países ao longo do Cinturão e Rota e os parceiros comerciais da Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, sigla em inglês) aumentaram 27,5% e 22,7%, respectivamente.

Bai Ming apontou que, entre os principais parceiros comerciais da China, o comércio entre a China e os EUA registou a maior taxa de crescimento, o que, por um lado, demonstra mais uma vez que a forte complementaridade existente entre as economias da China e dos EUA não será quebrada pela pandemia; por outro lado, reflete o rápido aumento da procura nos EUA, com o avanço da vacinação.

Segundo dados divulgados por Li, as exportações para os EUA atingiram 1,64 trilhões de yuans (US$ 253,53 bilhões), ou seja, um aumento de 31,7%, das quais 1,01 trilhões de yuan, (US$ 156,14 bilhões), ou seja, um aumento de 34,2%, para máquinas e aparelhos, e 3722 bilhões de yuan (US$ 57,54 bilhões), ou seja, um aumento de 24,1%.

Em relação às importações, no 1º semestre, as importações provenientes dos EUA atingiram 57065 milhões de yuans (US$ 88,21 bilhões), ou seja, um aumento de 43,9%. Dos quais, as importações de máquinas e aparelhos foram 2388,6 milhões de yuans (US$ 36,92 bilhões), ou seja, um aumento de 13,4%; as importações de produtos agrícolas atingiram 136,01 mil milhões de yuans (US$ 21,02 bilhões), um aumento de 120,8%.

 

Custos altos desencorajam a aceitação das encomendas

Na parte de importação, no 1º semestre, foram importados 561 milhões de toneladas de minério de ferro, ou seja, um aumento de 2,6%; 59,819 milhões de toneladas de gás natural, um aumento de 23,8%; 48,955 milhões de toneladas de soja, um aumento de 8,7%; 15,302 milhões de toneladas de milho, ou seja, um aumento de 318,5%.

No primeiro semestre, o preço médio das importações chinesas de petróleo bruto foi de 2888,5 yuans (US$ 446,54) por tonelada, um aumento de 20,5% em relação ao ano anterior, de acordo com os dados aduaneiros; o preço médio das importações de minérios de ferro foi de 1075,8 yuans (US$ 166,31) por tonelada, ou seja, um aumento de 67,3%.

 

Tradução: Mei Zhen Li

Fonte: 21st Century Business Herald