Tecnologia

Cientista chinês desenvolve sensores de grafeno que ajuda pessoas com deficiência a falar

Uma pesquisa recente de Tao Luqi, vice-diretor do Centro de Inovação Colaborativa de Internet das Energias (Energy Internet) e Equipamentos Inteligentes da Universidade de Chongqing, pesquisador especial do departamento de Engenharia Elétrica, atraiu a atenção da comunidade científica, através de uma pesquisa de que o grafeno pode ajudar as pessoas com deficiência auditiva a “falar” e ter uma comunicação mais eficiente.

Ao entrar no laboratório do vice-diretor, há algumas fatias finas da cor preta do tamanho do polegar na mesa. Esta é a pesquisa que Tao está fazendo – desenvolver sensores capazes de perceber todo o tipo de informação ambiental, como temperatura, umidade, tensão, e converter a informação ambiental em sinais elétricos que, no futuro, poderão ser utilizados principalmente na área da saúde e da medicina.

(Fonte: Chongqing university; Pesquisador Tao Luqi com o material de fatia fina)

Como a tecnologia pode ajudar as pessoas com deficiência auditiva?

“Embora as pessoas surdas e mudas não possam falar, conseguem vibrar a garganta, e colocando  material de grafeno de fatia fina fora da garganta, podemos detectar as vibrações da garganta. Uma vez que as vibrações são detectadas, o segundo passo é identificar as diferentes vibrações e convertê-las em uma espécie de “código de idioma” para pessoas surdas e mudas”. Segundo ele, a pronúncia codificada por cada pessoa é como as letras de um teclado, e pode expressar semântica contínua e completa através de diferentes combinações. E esta etapa de “expressar” a fala pode ser feita com grafeno.

“Ao adicionarmos um sinal elétrico a ele, já pode reproduzir um som”. De acordo com o Tao, o grafeno além de poder detectar as vibrações da garganta é também capaz de emitir sons, e através do design, ele pode obter a percepção mais sensível à garganta, permitindo que as pessoas que não falam, possam passar por algum treinamento e usá-lo para realizar a comunicação normal com as pessoas.

 

Por que estudar essa tecnologia de ponta?

O Vice-diretor disse: “Isso se deve a uma conferência em 2017. Durante a reunião, conversando com meus colegas sobre a pesquisa e a relação entre grafeno e acústica. Percebi que, na época a equipe estrangeira encontrou um material chamado “grafeno nanoporoso”, material que tem boas propriedades mecânicas, e estrutura porosa extremamente sensível à pressão, que consegue sentir as pequenas vibrações da garganta. E enquanto eu estava dedicando a pesquisa em acústica descobri, que este material não só tem uma única propriedade mecânica, tem também um bom desempenho vocal, através do efeito termoacústico. Por isso, me concentrei na garganta artificial de grafeno inteligente”.

“Vamos fazer algumas explorações no futuro baseadas na aprendizagem de máquinas (machine learning), combinando a inteligência artificial com a pesquisa de sensores, para que muitos sensores possam fazer coisas que antes não conseguia fazer”, disse.

 

 

Tradução: Mei Zhen Li

Fonte: Diário do Povo