Cultura

Conheça a história da Cidade Proibida

Cidade proibida

A Cidade Proibida, localizada no centro de Pequim, já foi restrita à elite imperial chinesa. Atualmente, recebe visitantes do mundo inteiro, mas durante séculos, o acesso era controlado por um rígido sistema de autorização. Apenas membros da família imperial, conselheiros e autoridades militares podiam entrar no local.

A construção começou durante a Dinastia Ming, sob ordem do imperador Chengzu, e durou cerca de 14 anos. A obra cobriu uma área de 720 mil metros quadrados. Um muro com quase 8 metros de altura e 9 metros de largura, além de um fosso de 6 metros de profundidade, cercava a cidade. Essa estrutura funcionava como uma fortaleza para proteger o imperador e seus familiares.

A origem do nome “Cidade Proibida” está ligada ao controle rigoroso sobre quem podia entrar e sair. O local abrigava não apenas o centro político do império, mas também a residência do imperador, concubinas, eunucos e serviçais. Muitos nunca deixaram o interior do complexo.

O acesso principal era feito pelo portão meridional. O imperador, seus conselheiros e generais tinham autorização para circular entre os espaços internos e externos.

Arquitetura milenar

A arquitetura da Cidade Proibida seguiu os princípios do feng shui. Dragões e esculturas de pedra decoravam o espaço. A maioria dos telhados foi pintada de amarelo, cor associada ao poder imperial na cultura chinesa.
Cidade Proibida A arquitetura da cidade foi projetada para representar princípios filosóficos, valores religiosos e a autoridade do poder imperial. Além das estruturas voltadas à defesa e à administração, o espaço também abrigava um jardim reservado à família imperial.

O jardim ocupava uma área ampla, usada para atividades como meditação, partidas de xadrez e consumo de chá. No centro, ficava o Salão da Paz Imperial, um templo dedicado à deusa Xuan Wu, associada às águas.

Atualmente, a cidade integra um dos complexos medievais mais preservados da China. Em 1987, recebeu o título de Patrimônio Mundial da UNESCO e passou a atrair visitantes de todo o mundo.

Cidade Proibida

O Museu do Palácio, localizado na Cidade Proibida, recebe cerca de 14 milhões de visitantes por ano — número que supera o da seção mais visitada da Grande Muralha. Além disso, o acervo reúne milhares de peças que ajudam a contar a história da cultura imperial chinesa.

Entre os destaques, estão:

  • 350 mil peças de cerâmica;
  • Obras em jade, artigos de papelaria e esculturas;
  • Joias e acessórios usados pela corte;
  • Armas marciais, instrumentos musicais e relógios antigos;
  • Pinturas e caligrafias tradicionais;
  • Objetos em metal de uso cotidiano e cerimonial.

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