O Instituto de Informação Científica e Tecnológica da China (CITIC) lançou recentemente em Pequim o “Relatório de Estatísticas de Artigos Científicos da China 2024”. De acordo com o relatório, a China se mantém na primeira posição em relação à quantidade de artigos publicados nas revistas mais influentes do mundo de diversas disciplinas, assim como o número de artigos em periódicos internacionais de alto nível e suas citações.
Desde 1987, o CITIC tem realizado a análise estatística da publicação de artigos científicos de pesquisadores chineses, tanto no âmbito nacional quanto internacional, e publica anualmente um relatório de análise da produção científica da China. Além disso, com base nas necessidades do desenvolvimento da inovação científica e tecnológica, o CITIC expandiu suas análises estatísticas para incluir revistas científicas chinesas e outros dados relacionados a artigos científicos. Em 2023, foram adicionadas análises estatísticas de artigos em plataformas de pré-impressão e em conferências acadêmicas importantes.
As revistas com os maiores fatores de impacto em cada disciplina são consideradas as mais influentes em suas respectivas áreas. Em 2023, dentre 178 disciplinas, houve 161 revistas de alto impacto (incluindo revistas interdisciplinares), totalizando 51.440 artigos publicados nas revistas mais influentes, dos quais 14.227 artigos foram publicados por autores chineses, representando 27,7% do total mundial, colocando a China em primeiro lugar.
Artigos publicados em revistas internacionais de alto nível são definidos como aqueles publicados em revistas científicas representativas que estão entre as 10% melhores em termos de fator de impacto e citações totais dentro de cada disciplina, e que publicam anualmente mais de 50 artigos acadêmicos e revisões. Em 2023, 384 revistas internacionais de ciência foram selecionadas como representativas nas diversas disciplinas, resultando em 352.500 artigos publicados em revistas internacionais de alto nível.
Com base na análise do primeiro autor e da primeira instituição, a China publicou 118.500 artigos em revistas internacionais de alto nível, representando 33,6% do total mundial, com 819.000 citações, colocando a China em primeiro lugar tanto em número de publicações quanto em citações.
Nos últimos dois anos, os artigos publicados durante o período de estatísticas receberam um grande número de citações, e os artigos com citações que se encontram no top 0,1% de suas respectivas disciplinas são chamados de “artigos de destaque”. Os artigos que, nos últimos 10 anos, estão entre os 1% mais citados de suas disciplinas são considerados “artigos altamente citados”.
Até julho deste ano, a China tinha 2.071 artigos de destaque, representando 48,4% do total mundial, um aumento de 2,5% em relação ao número estatístico de 2023, mantendo a primeira posição global. Os Estados Unidos tinham 1.625 artigos de destaque, ocupando a segunda posição. O número de artigos altamente citados na China foi de 65.700, representando 33,8% do total mundial, aumentando 3% em comparação com os dados de 2023, ficando em segundo lugar; os Estados Unidos tiveram 76.500 artigos altamente citados, representando 39,3% do total mundial, mantendo-se na primeira posição.
As revistas “Cell”, “Nature” e “Science” são reconhecidas internacionalmente por sua alta reputação acadêmica. Em 2023, essas três revistas publicaram 5.907 artigos, dos quais 395 foram da China, elevando a classificação da China de quarta para a segunda posição em comparação a 2022.
De acordo com os dados estatísticos dos últimos 10 anos, os artigos científicos publicados por pesquisadores chineses foram citados em média 16,20 vezes, superando pela primeira vez a média mundial de 15,76 citações. Entre essas, as disciplinas de ciência dos materiais, engenharia, química, meio ambiente e ecologia, ciência da computação, ciência agrícola e matemática se destacaram, apresentando o maior número de citações do mundo.
O relatório destaca que, em 2023, a China continuou a promover colaborações abertas de alta qualidade, com os artigos altamente citados tendo um terço de sua autoria internacional. Em 2023, os artigos de coautoria internacional representaram 20,4% do total de publicações da China. Os artigos em que autores chineses são os primeiros autores ocupam 73,8% de todos os artigos de coautoria internacional, com parceiros de 177 países e regiões, sendo os seis principais: Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, Alemanha e Japão.
O fato de os artigos científicos internacionais da China serem citados por publicações científicas internacionais reflete o nível de atenção que a comunidade científica global dedica à inovação científica da China. Em 2023, mais de 40% dos artigos publicados pela China, no mesmo ano de publicação, já haviam sido citados internacionalmente.
O relatório também mostra que a influência das revistas científicas internacionais da China aumentou. Em 2023, houve 37 revistas que tiveram suas citações totais entre os 25% mais altos da disciplina, um aumento de duas revistas em relação a 2022; e 149 revistas com fator de impacto entre os 25% mais altos, um aumento de 12 revistas em relação a 2022.
Tradução: Mei Zhen Li
Fonte: Southcn