Em um movimento estratégico para cumprir suas metas de pico de carbono e neutralidade de carbono, a China, por meio da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) e outros quatro órgãos governamentais, lançou uma diretriz com o objetivo é acelerar a criação de um sistema de gestão abrangente da pegada de carbono de produtos.
De acordo com a diretriz, a China almeja estabelecer um sistema nacional de certificação de rotulagem de pegada de carbono de produtos até 2025, sinalizando seu compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa. A pegada de carbono de produtos engloba as emissões geradas desde a produção, transporte até o uso, representando um indicador crucial para avaliar o impacto ambiental de empresas e produtos industriais.
Um representante da NDRC ressaltou que a implementação dessas diretrizes não apenas contribuirá para a modernização industrial, mas também estimulará o consumo sustentável, elevando a competitividade dos produtos chineses no mercado global.
A diretriz delineia cinco tarefas essenciais para o estabelecimento do sistema de gestão. Isso inclui o desenvolvimento de padrões contábeis para a pegada de carbono, a criação de bancos de dados dedicados, o estabelecimento de um sistema de certificação de pegada de carbono de produtos, a expansão da aplicação desse conceito e a promoção da cooperação internacional.
Além de fornecer às empresas a compreensão necessária para reduzir a pegada de carbono de seus produtos, espera-se que o sistema permita aos consumidores fazer escolhas baseadas em mais informações ao adquirir produtos, alinhando-se com a crescente demanda por práticas comerciais sustentáveis.
A iniciativa chinesa segue a tendência internacional, com diversos países já implementando ou planejando sistemas de gestão de pegada de carbono de produtos. Na União Europeia, por exemplo, a partir de 2024, será exigido que as baterias possuam rótulos que reflitam suas pegadas de carbono.
A ênfase da diretriz na obtenção de reconhecimento internacional é crucial. À medida que mais países adotam sistemas semelhantes, é imperativo que a China garanta a compatibilidade de seu sistema, visando evitar barreiras comerciais e facilitar o comércio global de produtos sustentáveis.
Tradução: Mei Zhen Li
Fonte: Diário do Povo
Imagem principal: Kampan/ Adobe Stock
