Economia

China e UE desfrutam de boas perspectivas em cooperação econômica e comercial

O comércio exterior da China com a UE totalizou 4,05 trilhões de yuans (cerca de R$ 3,4 trilhões) nos primeiros 11 meses de 2020, um aumento de 4,7% em relação ao ano anterior, tornando a China o maior parceiro comercial da UE.

Em novembro do ano passado, a China recebeu investimentos reais de US$ 117,98 bilhões de 27 países do bloco comercial e investiu mais de US$ 80 bilhões. Estes números explicam bem a resiliência e o potencial das relações econômico e comerciais China-UE.

Os trens de carga China-Europa fizeram 12.400 viagens no ano passado, transportando mais de 1,13 milhão de TEUs (unidades equivalentes a vinte pés), um aumento de 50% e 56% em relação ao ano anterior, respectivamente. Um total de 9,31 milhões de peças de suprimentos antipandêmicos pesando 76.000 toneladas foram transportados, o que promoveu vigorosamente a cooperação antipandêmica entre a China e os países e regiões ao longo das linhas ferroviárias e desempenhou um papel importante na estabilização das cadeias industriais e de abastecimento globais.

Uma investigação da Câmara de Comércio da UE na China descobriu que a pandemia não desencorajou as empresas europeias de investirem na China. De acordo com a pesquisa, 89% dos entrevistados europeus disseram que ficariam na China, e 2/3 consideraram o país um dos três principais destinos de investimento. Muitas empresas europeias estão expandindo seus investimentos na China.

Algumas empresas chinesas também aumentaram seus investimentos na Europa. A fabricante chinesa de baterias SVOLT Energy Technology deve investir 2 bilhões de euros (aproximadamente R$ 13 bilhões) para construir uma fábrica de baterias e um centro de pesquisa na Alemanha. A planta, quando concluída, produzirá baterias de energia para 300.000 a 500.000 veículos elétricos a cada ano e criará 2 mil empregos. O especialista Stefan Di Bitonto, da agência de desenvolvimento econômico Germany Trade and Invest, disse que o investimento da empresa chinesa promoverá o desenvolvimento sinergético da indústria, oferecerá mais oportunidades de emprego e aumentará a competitividade internacional da indústria automobilística alemã.

Líderes chineses e europeus em 30 de dezembro do ano passado anunciaram em conjunto que os dois lados haviam concluído as negociações do acordo de investimento. O acordo de investimento “equilibrado, de alto padrão e mutuamente benéfico” demonstrou a resolução e confiança da China para promover a abertura de alto nível e fornecerá maior acesso ao mercado, maior nível de ambiente de negócios, garantias institucionais mais fortes e perspectivas de cooperação mais brilhantes para investimento mútuo. O tratado também impulsionará bastante a recuperação econômica mundial na era pós-pandemia e aumentará a confiança da comunidade internacional na globalização econômica e no livre comércio.