Um item tecnológico popularizado na China para combater o coronavírus também está sendo usado no Brasil: os drones. Antes utilizados para captar imagens aéreas, os drones ganharam múltiplas funções, entre elas ser alto-falante para alertar moradores sobre aglomerações e se protegerem, como no Rio de Janeiro e Recife.
Na China, os drones também servem como entregadores de mercadorias, auxiliam nas patrulhas aéreas de polícia, na triagem de temperatura em grandes altitudes, inspeção noturna e desinfecção em larga escala, distribuição de materiais médicos, além de monitorar o fluxo de tráfego e de pedestres, transmitindo as imagens para as Secretarias Municipais de Segurança Pública em tempo real.
O desenvolvimento da indústria de drones fez com que os produtos deixassem de ser apenas brinquedos, e passassem a ser usados a nível profissional com tecnologia industrial.
No caso das patrulhas a longa distância, o alcance pode chegar até 10 quilômetros quadrados, e um drone agrícola pode desinfetar e pulverizar pelo menos 1.800 hectares de ruas, comunidades e fazendas, e a eficiência é mais de 5 vezes a da pulverização manual.
A marca chinesa mais famosa de drones é a DJI. Outras empresas no mundo têm entrado nesse mercado e produzido esses aparelhos como as gigantes tradicionais da aviação, Boeing e Airbus.
De acordo com o site chinês Geekpark, um relatório de pesquisa sobre a indústria de drones na China previu que o mercado global de drones chegará a US$ 70 bilhões em 2025, enquanto que o mercado chinês de drones de nível industrial chegará a 40 bilhões, dos quais cerca de 20 bilhões são para proteção de plantas agrícolas e florestais. No entanto, essas projeções foram feitas antes da pandemia, portanto, se forem refeitas, poderão apresentar crescimento ainda maior diante dos novos usos dos drones no combate ao coronavírus.