A China e o Brasil chegaram a um acordo de negociação para transações comerciais em suas próprias moedas, abandonando o dólar americano como intermediário, informou o governo brasileiro na quarta-feira (29).
O acordo permitirá à China, a segunda maior economia do mundo, e ao Brasil, a maior economia da América Latina, realizar suas transações comerciais e financeiras maciças diretamente, trocando yuan por Real, e vice-versa, em vez de passar pelo dólar.
O Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) e o Banco de Comunicações BBM executarão as transações, disseram as autoridades. O acordo foi anunciado após um fórum de negócios de alto nível China-Brasil, em Pequim.
“A expectativa é que isso reduza os custos, promova ainda mais o comércio bilateral e facilite os investimentos”, disse a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em um comunicado.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil, com um recorde de US$ 150,5 bilhões em comércio bilateral em 2022.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha agenda oficial para participar do fórum como parte de uma visita presidencial à China, mas teve que adiar sua viagem no domingo, após recomendação médica.
A China tem negócios semelhantes com a Rússia, Paquistão e vários outros países.
Tradução: Mei Zhen Li
Fonte: National Business Daily
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