A 4ª Exposição de Equipamentos e Serviços Tecnológicos da Aviação Civil da China, realizada entre 22 e 24 de abril no Centro Nacional de Convenções, em Pequim, apresentou inovações voltadas à automação, digitalização e sustentabilidade nos aeroportos do país.
Logo na entrada do evento, a empresa Luoteng (Hangzhou) Technology exibiu um robô esférico programado para simular sons de aves de rapina e espantar pássaros, evitando colisões com aeronaves. O equipamento, que já opera no Aeroporto Internacional de Pequim Daxing, também realiza patrulhamento e monitoramento com auxílio de câmeras e alto-falantes. Com duas a três horas de recarga, o robô atua por até oito horas seguidas.
A Hangzhou Ruiying Technology apresentou um sistema de inspeção corporal por ondas milimétricas, que dispensa sensores manuais. O passageiro apenas precisa permanecer parado com os braços abertos para que o sistema, baseado em inteligência artificial, identifique objetos com precisão e rapidez, distinguindo diferentes materiais.
Empresas também apresentaram soluções focadas na redução de emissões. A Weihai Guangtai exibiu um caminhão de degelo com chassi elétrico e sistema de aquecimento instantâneo, voltado ao uso em baixas temperaturas. A proposta é diminuir o impacto ambiental das operações em climas frios. Além disso, painéis solares e veículos de apoio elétricos reforçaram a pauta da descarbonização.
Zhou Xinhong, presidente da China Civil Aviation Technology and Equipment Co., afirmou que a indústria chinesa tem ampliado a produção local de sistemas para aeroportos. Ele citou o sistema de controle individualizado de luzes de pista como exemplo de tecnologia desenvolvida no país, substituindo fornecedores estrangeiros e aumentando a segurança no tráfego de aeronaves.
Outro destaque foi o pacote eletrônico de voo (EFB), dispositivo semelhante a um tablet que centraliza informações operacionais e cartas de navegação. O equipamento facilita a rotina de pilotos e reduz a necessidade de documentos impressos.
Zhou também lembrou o passado de dependência de equipamentos e técnicos estrangeiros. “Lembro de uma vez em que o equipamento falhou, e tivemos que esperar dias até o engenheiro estrangeiro vir consertar. Quando ele chegou, resolveu em poucos minutos e nos olhou com certo desdém. Naquele momento, pensei: nós também vamos produzir nossos próprios equipamentos”, relatou.
Atualmente, a indústria chinesa projeta e fabrica boa parte dos sistemas usados nos aeroportos do país, alguns deles com desempenho superior ao de soluções internacionais. “Nosso objetivo é integrar tecnologias digitais e inteligentes à aviação e fortalecer o desenvolvimento sustentável do setor”, completou Zhou.
O evento foi organizado pela Associação de Aeroportos Civis da China e pelo Grupo Chinês de Materiais de Aviação, com apoio da China Civil Aviation Technology and Equipment Co. e da Beijing Huanuo Aviation Services.
Fonte: ST Daily
Tradução: Mei Zhen Li
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