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Análise de impacto e perspectiva sobre a crise de limitação e produção de energia da China

Recentemente, várias cidades da região Nordeste da China além de terem recebido o comunicado sobre a restrição de energia nas fábricas, receberam também a limitação de consumo de energia na própria residência. Mas os habitantes dessa região postaram nas redes sociais dizendo que a energia “foi cortada  sem aviso prévio”, e que isto deixou um impacto significativo na vida e no trabalho.

Em 26 de setembro, a Conferência de Trabalho de Segurança de Energia de Liaoning afirmou que, devido ao aumento da crise de fornecimento de energia, esta medida foi necessária para evitar o colapso de toda a rede na comunidade. A Agência de Despacho da Rede Elétrica de Dongbei, adotou as medidas do plano para executar a “restrição e limitação de uso de energia”, abrangendo esta proposta para  residentes e empresas.

O limite de consumo de energia não começou atualmente na região de Dongbei. Desde setembro deste ano, as províncias de Jiangsu, Yunnan, Guangxi, Zhejiang e outras 10 localidades, foram impactadas com a restrição de uso de energia. Mas no começo de verão, o foco era limitar o uso de energia nas indústrias, sem impactar os habitantes.

 

Pressão e Alto valor de carbono?

Talvez o motivo não seria apenas isto, e sim devido às variedades das regiões e seus respectivos fatores complexos. O desajuste entre a oferta e a demanda no mercado de energia, especialmente a escassez no final do fornecimento, juntamente com a enorme pressão sobre as políticas de controle duplo de consumo de energia em todos os lugares, foram as principais razões para a limitação de energia em larga escala. Para analisar melhor este impacto econômico, examinamos duas ideias:

  • As mudanças nos subsetores e as suas implicações numa perspectiva input-output: energia a carvão, petroquímica e aço.
  • O impacto dos limites de produção ambiental no outono e inverno na produção industrial.

 

Além do choque político de controle de consumo de energia, a falta de fornecimento de energia também impulsionou ainda mais a limitação de produção de energia contínua desde julho deste ano. E pela dependência da exportação do carvão, um aumento de 13,8% de consumo na sociedade chinesa, de janeiro a agosto de 2021, 2,5 p.p. de consumo nas empresas, também foram outros fatores que impulsionaram a crise de oferta, enquanto o país estava sofrendo com o crescimento negativo na produção de energia pela usina hidrelétrica.

Mas, na verdade, a China não está tendo a falta de carvão, e sim a falta de produção de energia. O preço do carvão na China é determinado pelo mercado, e a energia é controlada pelo governo. Hoje em dia, o valor do carvão na China é calculado de acordo com a inflação do mercado, ou seja, “preço base somado à inflação do mercado”, estabilizado na margem de 10 a 15% de inflação.

Devido à publicação do governo, em 2020, sobre  diminuir o valor da energia e sem aumentá-la, fez com que o preço do carvão disparasse. Como os custos das usinas não são suficientes para comprar mais carvão, as usinas foram necessárias a consumir o estoque de carvão. As usinas hidrelétricas decidiram limitar a energia com o intuito de não causar uma outra grande escala de apagão.

 

Tradução: Mei Zhen Li

Fonte: 36.Kr; Sina weibo