Na noite de 30 de dezembro, líderes chineses e europeus anunciaram em conjunto a conclusão das negociações do Acordo Compreensivo de Investimento UE-China (EU-China Comprehensive Agreement on Investment, CAI na sigla em inglês), conforme a data prevista. As negociações levaram sete anos desde seu lançamento até sua conclusão, com 35 rodadas de negociações de acordos de investimento entre a China e a UE.
De acordo com informações públicas, o CAI visa estabelecer uma estrutura legal unificada para as relações de investimento China-UE, substituindo os tratados bilaterais de investimento existentes entre a China e os 26 estados membros da EU (União Europeia). A China e a UE lançaram a primeira rodada de negociações sobre o acordo em 2014.
De acordo com Bai Ming, vice-diretor do Instituto de Pesquisa de Mercado Internacional do Ministério de Comércio da China, da perspectiva da China, a conclusão das negociações do CAI melhora o poder de barganha da China na globalização econômica.
“Este poder de barganha não é algo que pode ser apoiado por um acordo em particular, mas um sistema. A China acaba de concluir o Acordo de Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês) e agora com a conclusão das negociações do acordo de investimento China-UE, vários sistemas de cooperação econômica, como o sistema de área de livre comércio e o sistema de acordos de investimento, estão sendo cada vez mais aperfeiçoados. Esses grandes acordos econômicos e comerciais. O Acordo de Investimento China-UE e o RCEP aproximarão a China das esferas econômicas da Ásia-Pacífico e da Europa”.
A Western Securities disse que em 2019, o comércio total entre a China e a UE foi de US$ 705,3 bilhões, representando 15,4% do total de comércio externo da China. Em 2019, as exportações chinesas para a UE foram de US$ 428,7 bilhões, representando 17% do total das exportações chinesas, com a UE ultrapassando os EUA tornando-se o principal parceiro exportador da China; as importações chinesas da UE foram de US$ 276,6 bilhões, representando 13%, sendo a UE o segundo maior parceiro de importação da China, ficando atrás da ASEAN.
Em geral, a recuperação da economia da UE, sobreposta à assinatura do acordo de investimento China-UE para ajudar o investimento e o comércio, deverá ser capaz de puxar cerca de 5% adicionais das exportações da China para a UE em 2021, o equivalente a 0,8% do total das exportações da China, disse a Western Securities.
Fonte: National Business Daily; Beijing Daily
