Recentemente, uma equipe de acadêmicos liderados por Yu Shuhong da Universidade de Ciência e Tecnologia da China (USTC), desenvolveu um novo tipo de material de filme fino inspirado em conchas naturais. O material apresenta características de resistência, flexibilidade e opacidade muito além da dos plásticos tradicionais. Pode ser enterrado no solo e degradar-se em cerca de dois meses sem causar poluição. Espera-se que torne um material ideal para dispositivos eletrônicos flexíveis e outros.
Atualmente, os resultados da pesquisa com o material foram publicados na revista acadêmica “Matter”, que faz parte do grupo editorial “Cell”. Entende-se que devido à combinação de alto desempenho, baixo custo, processo de produção simples e outras vantagens, este novo material é muito competitivo em dispositivos eletrônicos flexíveis, novos displays (telas de celular, monitores e entre outros), conversão fotoelétrica (painel solar) e outros campos. No momento, a equipe de pesquisa científica está promovendo ativamente a aplicação e a industrialização.
As conchas são materiais naturais com características excelentes na estrutura similar à uma parede de tijolo, com camadas um sobre o outro. Recentemente, a equipe da Shuhong Yu construiu com sucesso uma estrutura em camadas de “fibra de tijolo” utilizando dois componentes naturais: nanoclay e celulose bacteriana. A assimilação do plástico com a estrutura da concha é feita pela biossíntese assistida do aerossol, com isso forma um material composto de filme fino de alto desempenho.
Experimentos mostraram que o novo material de filme tem uma resistência de 482 MPa (Mega pascal), mais de seis vezes a dos filmes plásticos comercialmente disponíveis. Tem boa flexibilidade e pode ser dobrado em várias formas sem ter danos visíveis após o desembrulhamento. O novo material também é excelente na transmissão de luz, alcançando transparência de mais de 73%.
Ao contrário dos filmes plásticos tradicionais, que são facilmente amaciados e deformados em altas temperaturas, este novo material tem excelente estabilidade térmica, ela deforma 0,003% para cada mudança térmica de 100°C, e mesmo em 250°C ela tem o seu desempenho e estrutura física inalterado.
Além disso, a composição especifica da matéria-prima torna o ciclo de vida do novo material integralmente verde e sem poluição, a celulose bacteriana degrada-se naturalmente no solo em cerca de dois meses.
Fonte: CIT Report; Xin Hua