Durante a pandemia, uma nova forma de emprego flexível chamada “compartilhamento de funcionários” surgiu na China. Empresas da “nova economia”, incluindo Alibaba, JD.com e Suning, lançaram o programa de “compartilhamento de funcionários” para promover empregos flexíveis. Vários departamentos na China, incluindo o Ministério de Recursos Humanos e Segurança Social, anunciaram recentemente que o número de funcionários flexíveis, incluindo “funcionários compartilhados”, atingiu mais de 200 milhões na China, aliviando enormemente a pressão da “falta de mão de obra”.
O “compartilhamento de funcionários” agora se espalhou das empresas da nova economia para a indústria de manufatura tradicional. Cidades como Shenzhen, Dongguan, Zhongshan, Hefei, Hangzhou e Qingdao introduziram políticas de “compartilhamento de funcionários” para a indústria de manufatura, com total apoio, durante a pandemia.
Por exemplo, de acordo com o The 21st Century Business Herald, em Dongguan, uma das principais cidades de manufatura da China, um soldador de uma empresa que vende artigos esportivos se tornou um instalador de uma empresa de equipamentos, por meio da política de “funcionários compartilhados”. Além do salário de 5500 a 6000 yuans por mês (de R$ 4.334,18 a R$ 4.730,79 por mês), que é próximo ao da empresa original, ele também pode receber um subsídio de até 800 yuans (R$ 631,05) do governo de Dongguan. A relação de trabalho ainda é com a empresa de origem, que é responsável por outros benefícios como seguro e auxílio-moradia. Em julho, um total de 288 empresas em Dongguan foram abertas para “funcionários compartilhados” e um total de 13 mil foram recrutados.
Este modelo foi usado pela primeira vez pelo Supermercado Hema da Alibaba, e no dia 17 de março, a reunião do Conselho de Estado da China propôs apoiar o desenvolvimento de empregos compartilhados e mercados de trabalho, para fornecer aos funcionários flexíveis serviços online com oportunidades de emprego e seguro social.
De acordo com o Reitor Executivo do Instituto de Economia Digital da Universidade de Economia e Direito de Zhongnan, o “compartilhamento de funcionários” não é apenas uma inovação para ajudar empresas a empregar com precisão, e estabilizar o emprego nesse período especial, mas também uma exploração benéfica de recursos humanos em um novo ambiente de negócios. Ao fornecer empregos temporários, o “compartilhamento de funcionários” pode absorver, rapidamente, recursos humanos experientes que têm tempo extra.
Fonte: The 21st Century Business Herald