A China levou apenas nove dias para reorganizar a missão Shenzhou-20 e trazer sua tripulação de volta à Terra após suspeita de impacto por detritos espaciais, um intervalo muito menor que o observado em situações semelhantes em outros programas espaciais. Às 16h40 de 14 de novembro, os três astronautas pousaram a bordo da Shenzhou-21, após o país adiar o retorno originalmente previsto para 5 de novembro.
O Escritório de Engenharia Espacial Tripulada informou que a Shenzhou-20 havia sido atingida por pequenos detritos. A equipe técnica suspendeu o plano inicial, revisou todos os procedimentos e definiu um novo cronograma para garantir a segurança da tripulação.
Em contextos internacionais, respostas desse tipo costumam exigir meses. Em 2024, dois astronautas norte-americanos ficaram cerca de nove meses além do previsto na Estação Espacial Internacional devido a falhas na nave Starliner. Em 2022, a tripulação da Soyuz MS-22 permaneceu seis meses extras em órbita após problemas técnicos.
A China adotou o método conhecido como “retorno ao ponto zero”, que exige reavaliar dados e procedimentos desde o início até esclarecer a causa do incidente. O país mantém também o modelo “um em operação, um de reserva”, que oferece redundância para emergências.
As restrições impostas pelos Estados Unidos desde os anos 1970, como o ITAR e o Wolf Amendment, aceleraram o desenvolvimento de sistemas autônomos chineses. O país construiu sua estação espacial, ampliou sua capacidade de lançamento e se tornou alternativa para países que enfrentam barreiras regulatórias nos EUA e na Europa.
Fonte: news.qq.com


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