O mês de julho rendeu para o mercado de soja do Brasil um aumento de quase 14% nas exportações para a China, totalizando 10,62 milhões de toneladas. O volume brasileiro representou 86,6% do total das importações chinesas de soja no mês, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas da China. A demanda chinesa ocorre em meio à tensão comercial com os EUA, o que tem causado instabilidade nos mercados e reordenamento das cadeias de suprimentos globais.
As exportações brasileiras alcançaram um recorde histórico para o mês, somando 12,25 milhões de toneladas embarcadas, conforme levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No acumulado de janeiro a julho, o Brasil exportou 77,2 milhões de toneladas da oleaginosa, marca inédita para o período.
A China é a maior consumidora de soja do mundo. Segundo a autoridade alfandegária do país, a demanda em julho chegou a 11,67 milhões de toneladas, representando um aumento de 18,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse é o maior recorde histórico para o mês e superando a estimativa anterior de analistas, de 10,48 milhões de toneladas.
O aumento ocorre em meio à elevação das taxas de juros nos Estados Unidos em relação ao Brasil, que tornou a soja americana cerca de 20% mais cara que a sul-americana, segundo entidade do setor agroamericano.
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