Mesmo diante de um cenário externo desafiador, as principais províncias e cidades da China voltadas ao comércio exterior mantiveram forte dinamismo no primeiro trimestre de 2025. Segundo dados da Administração Geral das Alfândegas da China, Guangdong, Jiangsu, Zhejiang, Xangai, Pequim, Shandong e Fujian somaram juntas RMB 7,78 trilhões em importações e exportações, o que representa 75% do comércio exterior total do país.
O vice-diretor da Administração Geral das Alfândegas, Wang Lingjun, destacou que o desempenho dessas províncias se manifesta de forma contundente em três dimensões: estabilização do comércio, fomento à inovação e reforço das cadeias de suprimentos. Essas regiões se beneficiam de bases industriais consolidadas, localização geográfica estratégica e uma ampla rede de empresas atuantes no cenário internacional.
Somente no primeiro trimestre, 422 mil empresas sediadas nessas províncias registraram operações de importação e exportação, o que representa um crescimento de 6,1% em relação ao mesmo período de 2024 e cerca de 80% do total nacional. Além disso, houve uma ampliação das relações comerciais com mais de 150 países e regiões, sendo que 89 deles apresentaram um ritmo de crescimento superior à média global.
No que diz respeito à inovação, essas províncias têm sido fundamentais para o avanço de novas forças produtivas de alta qualidade, promovendo a integração entre tecnologia e indústria. Entre janeiro e março, as exportações de produtos de alta tecnologia provenientes dessas regiões totalizaram 783,52 bilhões de yuans, um aumento de 4,5% em comparação com o ano anterior, o que representa 71,3% do total nacional desse segmento. Os principais destaques incluem os produtos de informação eletrônica, com 385,71 bilhões de yuans exportados (+1,6%), equipamentos de ponta, com 236,58 bilhões (+8,9%), e biofármacos, com 30,11 bilhões (+9,9%). Juntas, essas três categorias responderam por 66%, 78,4% e 74,8% das exportações nacionais em suas respectivas áreas.
Essas regiões também tiveram papel crucial na manutenção da estabilidade das cadeias de suprimentos. No primeiro trimestre, elas concentraram a maior parte das importações chinesas de bens essenciais à produção e ao consumo interno, como petróleo bruto e minérios metálicos, que representaram, respectivamente, 83,1% e 67,6% do total nacional.
As importações de componentes eletrônicos e peças para equipamentos automáticos de processamento de dados corresponderam a 78% e 88,1% do volume nacional, respectivamente. Já as importações de bens de consumo somaram 318,42 bilhões de yuans, ultrapassando a marca de 80% do total do país, reforçando o papel central dessas regiões no suporte à demanda interna e à segurança econômica da China.
Fonte: news.cn