Os Gabinetes do Comitê Central do Partido Comunista da China e do Conselho de Estado divulgaram um documento que estabelece medidas para aprimorar a resiliência urbana, integrar tecnologias digitais às infraestruturas e aumentar a capacidade de prevenção e recuperação diante de riscos urbanos.
O documento “Opiniões sobre a Promoção da Construção de Novas Infraestruturas Urbanas para Criar Cidades Resilientes” é dividido em três partes — requisitos gerais, tarefas centrais e fortalecimento da liderança organizacional —, e enfatiza a necessidade de modernizar as infraestruturas urbanas por meio da adoção de tecnologias avançadas de informação e comunicação.
O documento destaca como prioridade a criação de plataformas digitais e instalações inteligentes que apoiem cenários de aplicação tecnológica avançada. A proposta visa transformar digitalmente as infraestruturas urbanas, construindo um sistema integrado, inteligente e eficiente que fortaleça a resiliência de espaços, operações e gestão urbana, garantindo maior segurança e adaptabilidade às cidades.
“Cidades resilientes” até 2030
O governo chinês traçou metas ambiciosas para o avanço da construção de infraestruturas urbanas resilientes e inteligentes. Até 2027, espera-se alcançar progressos significativos, com a formação de experiências e práticas replicáveis. Até 2030, a meta é consolidar um grupo de cidades resilientes de alto nível, com funcionamento urbano mais seguro, ordenado, inteligente e eficiente.
As diretrizes estabelecem 11 tarefas centrais, incluindo o desenvolvimento coordenado de infraestruturas inteligentes e veículos conectados. As medidas visam integrar sistemas de percepção em estradas, edifícios e instalações públicas, utilizando tecnologias como 5G para criar uma rede avançada de cooperação entre veículos e estradas. Além disso, o plano prevê a implementação de sistemas de transporte inteligentes e a modernização de estacionamentos e instalações logísticas, com foco na eficiência, sustentabilidade e resposta rápida em emergências.
Na área de logística, as ações incluem o desenvolvimento de um sistema de distribuição urbana verde e a criação de infraestrutura para emergências, garantindo agilidade no fornecimento de bens em situações críticas.
Outro destaque é a promoção de “famílias digitais”, onde tecnologias como Internet das Coisas, inteligência artificial e big data serão utilizadas para integrar sistemas domésticos inteligentes. Essa iniciativa busca melhorar a segurança elétrica, monitoramento ambiental e saúde, além de criar um ecossistema unificado que conecte dispositivos domésticos.
Quanto à gestão urbana, o plano visa reforçar o monitoramento em tempo real e a análise dinâmica das operações urbanas. Para isso, será construído um sistema de plataformas integradas em três níveis (nacional, provincial e municipal), promovendo a gestão unificada e a coordenação entre os centros urbanos inteligentes.
Fonte: thepaper.cn