Em 2023, estima-se que o mercado farmacêutico chinês fature 1,8 trilhão de yuans. Em 2022, a cifra foi de 359,6 bilhões de yuans. Dentro desse mercado, os medicamentos genéricos são um segmento em crescimento. Em 2020, os genéricos representaram 54% do mercado farmacêutico chinês, movimentando cerca de 107,7 bilhões de dólares (786,6 bilhões de yuans), segundo a consultoria Daxue Consulting.
O mercado farmacêutico chinês é composto por três tipos de segmentos: os patenteados, os genéricos e os de venda livre (OTC). Os genéricos são aqueles que não possuem patente e podem ser produzidos por qualquer laboratório. Eles são os mais vendidos na China, pois atendem à população de baixa renda e contam com uma forte indústria nacional.. Além disso, a pandemia da COVID-19 impulsionou a demanda por esses medicamentos, já que os consumidores chineses procuraram formas de fortalecer sua imunidade e prevenir doenças.
Vacinas: uma aposta estratégica
A China tem sido um dos principais atores na corrida global por vacinas contra a Covid-19, com quatro vacinas aprovadas para uso emergencial no país e várias outras em desenvolvimento. A China também tem exportado milhões de doses de suas vacinas para países em desenvolvimento, como parte de sua diplomacia de vacinas.
Além da Covid-19, a China tem investido em pesquisa e desenvolvimento de vacinas para outras doenças, como a gripe, o HIV, o câncer e a malária. O país já detém o maior número de patentes de medicamentos inovadores registradas nos últimos três anos: 1,5 milhão contra 597 mil dos norte-americanos, e tem aumentado sua capacidade de produção e distribuição de vacinas, com o objetivo de se tornar um fornecedor global de imunização.
Genéricos: uma transição para a inovação
O mercado de medicamentos genéricos na China é um dos maiores do mundo, mas está passando por uma transformação. Em 2021, esse mercado movimentou US$134,4 bilhões (982,2 bilhões de yuans), com um crescimento médio de 0,45% nos últimos quatro anos, segundo a Huaon Research. No entanto, esse crescimento deve diminuir no futuro, pois o governo chinês está eliminando os genéricos de baixa qualidade que não cumprem os padrões de segurança e eficácia. Essa medida visa melhorar a saúde pública e a confiança dos consumidores nos medicamentos genéricos.
Além disso, a China está incentivando a inovação farmacêutica, estimulando a produção de medicamentos biológicos e de especialidades, que são mais complexos, eficazes e lucrativos do que os genéricos. Para isso, o país tem implementado políticas que facilitam a aprovação de novos medicamentos, aumentam o investimento em pesquisa e desenvolvimento, fortalecem a proteção da propriedade intelectual e apoiam a cooperação internacional. Essas políticas visam aumentar a competitividade e a rentabilidade do setor farmacêutico chinês, que tem um grande potencial de crescimento.
Créditos: China2Brazil
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