A gigante chinesa de comércio eletrônico de moda, Shein, surpreendeu o mercado ao apresentar, em segredo, um pedido à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) para uma iminente listagem nos Estados Unidos, segundo o site de negócios chinês, 36kr.com. Especula-se que a avaliação da Shein possa superar US$80 bilhões, sendo uma das maiores Ofertas Públicas Iniciais (IPO) no cenário norte-americano recentes.
A expectativa é de que a empresa vá a público no próximo ano, visando uma avaliação entre US$80 bilhões e US$90 bilhões, com Goldman Sachs, J.P. Morgan e Morgan Stanley liderando como principais subscritores. A última rodada de financiamento em maio de 2023 avaliou a Shein em US$66 bilhões, mas a empresa busca agora uma valorização ainda mais robusta no IPO.
Esse movimento acontece em meio a desafios como a competição acirrada e alegações de violação de direitos autorais. Além da incursão no mercado físico ao associar-se à Sparc Group e da recente aquisição da conceituada marca britânica Missguided do grupo Frasers, a Shein demonstra uma estratégia de diversificação.
Disputa com a Temu
A Shein tem enfrentado uma rivalidade com a Temu, pertencente à Pinduoduo. Em maio, as vendas da Temu ultrapassaram as da Shein nos EUA, e em setembro, dobraram. As duas empresas já incomodam gigantes do varejo norte-americano como Amazon e Walmart.
A escalada na competição desencadeou uma batalha legal, com ambas as partes apresentando ações judiciais. A Shein acusa a Temu de infração de marca e direitos autorais, enquanto a Temu alega que a Shein emprega táticas intimidatórias para dissuadir fabricantes de roupas de colaborarem com sua plataforma, supostamente violando leis antimonopólio. A Shein, por sua vez, rebateu as acusações, declarando que a ação judicial é infundada e promete uma defesa robusta de sua posição.
Fonte: 36kr.com
Tradução: Mei Zhen Li
Imagem principal: SHEIN/ Divulgação