A empresa chinesa Huawei Technologies lançou no mercado chinês o Huawei Watch Ultimate Design, um smartwatch com o preço mais alto de sua história, custando 20.000 yuans (US$2.738), com o objetivo de conquistar uma fatia maior do mercado que pertence à Apple. Surpreendentemente, alguns consumidores manifestaram disposição para pagar até 100.000 yuans (US$13.680) por esse produto que apresenta detalhes em ouro 18K.
Para a Huawei, uma marca reconhecida na China como símbolo de alta tecnologia para consumidores de alto poder aquisitivo, o preço não é considerado caro. Segundo Liu Jiansen, um analista de dispositivos vestíveis do instituto de pesquisa Canalys, a Huawei busca competir diretamente com a Apple, que atualmente domina mais de 60% do mercado de smartwatches de alto padrão (com preços acima de US$500) na China, enquanto a fatia da Huawei é de cerca de 30%, embora tenha crescido significativamente nos últimos anos.
Em termos de volume de vendas, a Apple continua liderando, com envios globais de 16,3 milhões de unidades de smartwatches no primeiro semestre deste ano, enquanto a Huawei enviou 5,2 milhões de unidades no mesmo período.
É importante ressaltar que o Huawei Watch Ultimate Design está em uma faixa de preço significativamente mais alta do que os produtos equivalentes da Apple. A gigante de tecnologia americana lançou seu Apple Watch Ultra de alta qualidade há um ano, com preços que chegaram a US$800. A segunda geração do Apple Watch Ultra foi lançada este ano, com preços superiores a 6.500 yuans (US$889). No entanto, a demanda por esses produtos da Apple tem sido menos impressionante, com revisores online apontando que o Ultra 2 apresenta apenas melhorias mínimas em relação à primeira geração.
Uma tendência notável nesse cenário é o crescente foco dos fabricantes de smartwatches no público feminino, com designs mais leves e elegantes. A Huawei também segue essa tendência, lançando diversos modelos especificamente voltados para as mulheres.
Tradução: Mei Zhen Li
Fonte: Yicai Global
imagem principal: Huawei/ Divulgação