Economia

China critica duplo discurso do G7 sobre desvinculação econômica

G7

A China pediu ao G7, grupo que inclui Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão, que não abuse de restrições comerciais e de investimento e cumpra seus compromissos de não se desvincular da China, afirmou o Ministério do Comércio na quinta-feira (25).

Shu Jueting, porta-voz do ministério, disse em uma coletiva de imprensa que a China desempenhou um papel responsável ao injetar certeza em um mundo de turbulência e transformação, além de fornecer novos motores de crescimento para a economia global.

A China traz cooperação e oportunidades para o mundo, não confronto e riscos, acrescentou. Qualquer ato que promova a desvinculação da China, em nome da redução de riscos, afasta a cooperação e as oportunidades.

Como uma força importante na estabilização das cadeias industriais e de abastecimento globais, a China continuará sendo um parceiro comercial confiável e mutuamente benéfico para todos os países, expandindo sua abertura de alto nível e beneficiando o mundo com seu desenvolvimento de alta qualidade, afirmou.

Esforços conjuntos devem ser feitos para rejeitar o unilateralismo, o protecionismo, o bullying, a coerção econômica, os atos de desvinculação e o rompimento das cadeias de abastecimento, a fim de manter as cadeias industriais e de abastecimento globais estáveis e promover a recuperação e o desenvolvimento da economia mundial, disse ela.

Shu afirmou que a China se opõe firmemente aos controles de exportação do Japão sobre 23 tipos de equipamentos de fabricação de chips, chamando isso de abuso das medidas de controle de exportação que vai contra o livre comércio e as regras internacionais.

A porta-voz chinesa disse que tal conduta prejudicará seriamente os interesses das empresas na China e no Japão, sabotará a cooperação econômica e comercial entre os dois países e prejudicará uma cadeia industrial e de abastecimento global segura de semicondutores.

Acrescentou ainda que a parte japonesa deve seguir as regras internacionais e manter uma cooperação econômica e comercial sólida, corrigindo suas ações sem demora. A China reserva o direito de tomar todas as medidas necessárias para resguardar de forma resoluta seus direitos e interesses, concluiu Shu.

Tradução: Mei Zhen Li
Fonte: Enorth
Imagem principal: Dilok/ Adobe Stock

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