Mesmo sendo o país mais populoso do mundo, a China não tem tradição de participar do maior campeonato de futebol do mundo.
Até hoje, os chineses só conseguiram se classificar na edição de 2002 do torneio, que aconteceu no Japão e Coreia do Sul. A seleção chinesa acabou sendo eliminada ainda na primeira fase e a copa terminou com o pentacampeonato da seleção brasileira.
Mas os chineses querem mudar esse cenário e vêm cada vez mais investindo no futebol, fazendo o esporte crescer muito por lá.
A Super Liga Chinesa tem bastante espaço na TV local e registrou o maior público anual sendo acompanhado por 5,8 milhões de pessoas em 2019.
Esse crescimento também refletiu no mercado, com times contratando grandes jogadores de todo o mundo. O jogador brasileiro Oscar, que jogou na Copa do Mundo de 2014 e atuava pelo Chelsea, hoje é meio-campista do Shanghai Port.
Investimento chinês em futebol
Desde 2015 o país investe em programas de incentivo ao esporte e o presidente tem grandes ambições, com objetivos que chegaram a se tornar metas oficiais do governo.
A segunda maior economia do mundo está investindo no esporte em geral, com destaque no futebol. Mais de 460 bilhões de dólares já foram destinados ao setor esportivo e a intenção é gastar mais de 800 bilhões nos próximos anos.
O investimento da Super Liga Chinesa na contratação de jogadores estrangeiros tem sido bastante relevante. Os clubes se tornaram bastante conhecidos pelos brasileiros pelas ofertas relevantes, fazendo com que jogadores trocassem os holofotes do futebol europeu pelos altos salários chineses.
Jogadores brasileiros como Hulk, Renato Augusto, Paulinho e Diego Tardelli já atuaram na China. Na contratação do jogador Oscar, estima-se que a operação tenha chegado a 73 milhões de dólares e hoje ele tem o maior salário anual de um país da Ásia.
Planos de Xi Jinping
O presidente da China prometeu transformar o país em uma das maiores potências do futebol mundial. O plano ambicioso do líder é sediar a Copa do Mundo e se tornar uma das poucas seleções anfitriãs a ser campeã do torneio.
O próximo passo é participar da próxima edição da copa, em 2026, quando o campeonato será sediado nos Estados Unidos, Canadá e México. Além disso, eles pretendem se tornar uma das principais seleções da Ásia até 2030 e uma das melhores do mundo até 2050.
Além disso, a ideia é que a China supere os Estados Unidos no campo esportivo até 2035, se tornando a maior do mundo.
Em 2014, a indústria esportiva chinesa representava 0,64% do PIB e a meta é representar 5% do total. O governo espera que o setor contribua para o desenvolvimento econômico e social da China.
Com a intenção de formar novos jogadores desde criança, os chineses estão cada vez mais incentivando a prática de futebol em academias e escolinhas, além das escolas tradicionais.