O relatório “Índice de Transformação Digital das Empresas Chinesas de 2024”, da Accenture, indica que quase seis em cada dez (59%) das empresas entrevistadas planejam aumentar os investimentos em projetos de transformação digital no próximo ano, refletindo uma forte demanda por inovação tecnológica. Cada vez mais empresas planejam utilizar tecnologias avançadas, como a inteligência artificial, para remodelar várias funções, com manufatura (48%), finanças (45%) e cadeia de suprimentos (42%) sendo as três áreas principais de foco. A pesquisa entrevistou 450 empresas chinesas em oito setores.
De acordo com os cálculos da Accenture, se as empresas puderem aplicar a inteligência artificial gerativa de forma responsável, com foco nos funcionários e inovação, em comparação com um cenário agressivo (ou seja, focado em redução de custos), até 2038, isso poderia liberar mais de US$ 2,86 trilhões em valor econômico adicional na China.
O relatório também afirma que mais empresas chinesas estão se dedicando a remodelar suas operações e funções, abrindo novas fronteiras competitivas, com a proporção de empresas “remodeladoras” aumentando para 4%. No entanto, as empresas chinesas ainda têm espaço significativo para melhorar em termos de planejamento global, atualização da arquitetura tecnológica e mudança organizacional.
Apesar de reconhecer a necessidade de aplicação e investimento tecnológicos, as empresas chinesas ainda enfrentam desafios para aproveitar o valor da tecnologia, necessitando de melhorias na estratégia de inteligência artificial, fortalecimento da base tecnológica digital e capacidade de mudança organizacional.
O relatório mostra que apenas 15% das empresas chinesas criaram equipes relacionadas à inteligência artificial, com estratégias e orçamentos dedicados; a porcentagem do orçamento de TI das empresas chinesas para pagar a “dívida técnica” é significativamente maior do que a média global; e apenas 32% dos executivos chineses entrevistados afirmaram estar tentando redesenhar os cargos de trabalho existentes para se adaptarem a tecnologias emergentes como a inteligência artificial gerativa, uma proporção muito menor do que a média global (46%).
Zhu Hong, vice-presidente global da Accenture e presidente da Grande China, afirmou que o ritmo da mudança tecnológica continua a acelerar, com um impacto crescente no comércio e na sociedade. Ele afirmou que, ao enfrentar questões importantes como a implantação de tecnologia, gestão da mudança e aceleração da inovação, as empresas precisam adotar uma perspectiva global e manter o foco nas pessoas, para resolver eficazmente os desafios complexos de negócios e organização, alcançar um equilíbrio entre aplicação e governança, e moldar uma vantagem competitiva única.
O relatório recomenda que as empresas tomem medidas em quatro áreas: “orientação ao valor”, “construção de um novo núcleo digital”, “remodelação de talentos e trabalho” e “desenvolvimento de uma IA responsável“, para liberar de forma estável o valor total da tecnologia, organização e talento.
Fonte: yicai.com