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São Paulo recebe mesa redonda sobre cooperação em direitos humanos entre China e América Latina

Mesa Redonda América Latina
Fonte da imagem: Paulo Lopes/ Xinhua

A segunda edição da Mesa Redonda China-América Latina e Caribe sobre Direitos Humanos ocorreu em 25 de julho, em São Paulo. O tema central foi “Comunidade de Destino Comum China-América Latina e o Desenvolvimento da Causa dos Direitos Humanos”.

O evento reuniu mais de 130 autoridades, especialistas, acadêmicos, representantes de organizações sociais, think tanks e veículos de comunicação da China, América Latina e Caribe. Os participantes discutiram a cooperação em direitos humanos entre China e América Latina diante de novas tendências, como a era digital e as mudanças climáticas. Também analisaram as contribuições dos países para a governança global dos direitos humanos e buscaram promover consensos.

Wang Yanwen, vice-secretário-geral da Sociedade Chinesa de Estudos de Direitos Humanos, afirmou que o desenvolvimento dos direitos humanos enfrenta oportunidades e desafios no cenário internacional atual. Ele destacou que China e América Latina devem fortalecer a cooperação em estudos de direitos humanos, incentivar o uso ético das tecnologias digitais e inteligentes, manter a governança ambiental e o desenvolvimento sustentável, além de avançar na governança global dos direitos humanos com foco em equidade, justiça, racionalidade e inclusão.

Zhang Donggang, secretário do Comitê do Partido Comunista da China da Universidade Renmin, defendeu que os países da China e da América Latina devem promover os direitos humanos por meio da troca civilizacional, compartilhamento de experiências, solução conjunta de desafios e aprimoramento da governança. Segundo ele, essas ações contribuem para o avanço global da causa dos direitos humanos com a sabedoria sino-latino-americana.

César Martins, vice-reitor da Universidade Estadual Paulista (UNESP), afirmou que, apesar das diferenças culturais e de estilo de vida, é possível cooperar pelo bem comum dos povos. Para ele, a troca de experiências entre China e América Latina no campo dos direitos humanos pode servir como exemplo para outras regiões.

Mesa Redonda América Latina
Fonte da imagem: Paulo Lopes/ Xinhua

Yu Peng, Cônsul-Geral da China em São Paulo, afirmou que China e América Latina têm papel importante na construção de uma comunidade de destino comum e no fortalecimento da cooperação em direitos humanos, colaborando para enfrentar desafios globais e promover avanços na área.

Shaira Downs, membro da Assembleia Nacional da Nicarágua, disse que seu país está disposto a defender junto com China e outros países latino-americanos a soberania, a paz e a dignidade dos povos, aproveitando o diálogo estabelecido na mesa redonda.

Arley Gill, presidente da Comissão Nacional de Reparações de Granada, relacionou o desenvolvimento dos países em desenvolvimento à garantia dos direitos humanos. Ele destacou os esforços da China no combate à pobreza, na melhoria da saúde pública e na elevação do padrão de vida, e manifestou interesse em ampliar a cooperação bilateral.

O evento foi organizado pela Sociedade Chinesa de Estudos de Direitos Humanos, Universidade Renmin da China e Universidade Estadual Paulista (UNESP), com apoio do Instituto Chongyang de Estudos Financeiros da Universidade Renmin e do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais da UNESP.

Durante a conferência, foi divulgado o “Consenso de São Paulo sobre o Intercâmbio e Cooperação em Direitos Humanos entre China e América Latina” e anunciada a criação da Rede de Cooperação em Pesquisa sobre Direitos Humanos China-América Latina.

Fonte: stdaily.com