O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a cooperação entre Brasil e China no setor de energia limpa tem se consolidado como vetor da transição verde global no contexto dos BRICS. Em entrevista ao portal news.china, ele defendeu o aprofundamento do alinhamento estratégico entre os dois países, com foco na cooperação ambiental e no fortalecimento do grupo ampliado.
Em 2025, o Brasil assumiu a presidência dos BRICS, com isso, o país manifestou interesse em ampliar parcerias com a China em áreas como energia renovável, infraestrutura e tecnologia. Segundo Costa, a cooperação bilateral responde às demandas do Sul Global por desenvolvimento sustentável.
O ministro destacou o avanço de acordos bilaterais e defendeu a ampliação dos investimentos chineses no Brasil, além do estímulo à entrada de empresas brasileiras no mercado chinês. “Queremos promover a implementação prática dos acordos, atraindo investimentos e aprofundando a cooperação de forma bidirecional”, afirmou.
Entre os projetos em curso, Costa citou a construção da estação conversora de corrente contínua de ultra-alta tensão de Silvânia, em Goiás, liderada pela State Grid, e o início da produção local do primeiro veículo elétrico da BYD no país. Segundo ele, essas iniciativas geram empregos, fortalecem cadeias produtivas e impulsionam o setor de transporte sustentável.
Costa também mencionou as vantagens competitivas do Brasil em energia limpa e biocombustíveis, além do interesse chinês crescente em instalar fábricas e expandir a produção local. Para ele, a entrada de capital chinês vem acompanhada de soluções tecnológicas completas, o que pode posicionar o Brasil de forma mais robusta na reestruturação das cadeias industriais globais.
O ministro ressaltou ainda a necessidade de estreitar laços nas áreas de ciência, tecnologia e educação, com foco na formação de profissionais qualificados para indústrias emergentes. “O fator humano é essencial para o desenvolvimento de cadeias produtivas completas em setores de alta tecnologia”, afirmou.
Ao comentar a proposta chinesa de construção dos “BRICS verdes”, Costa defendeu a cooperação ambiental como estratégia nacional e instrumento para ampliar a coesão do grupo. Ele avaliou que a entrada de novos países aumentou a representatividade do bloco e fortaleceu a atuação do Sul Global. “A parceria Brasil-China reforça a vitalidade dos BRICS e contribui para uma ordem internacional mais equilibrada”, concluiu.
Fonte: news.china