Aconteceu no Rio de Janeiro, na terça-feira, 10, a primeira Mesa Redonda sobre Direitos Humanos China-América Latina. A reunião teve a presença de mais de 120 representantes de alto escalão, especialistas, acadêmicos, representantes de organizações sociais, think tanks e da mídia dos países envolvidos, para discutir a cooperação no desenvolvimento dos Direitos Humanos.
Segundo Bai Machilin, presidente da Sociedade Chinesa de Estudos de Direitos Humanos, com a iniciativa de construir uma comunidade de destino China-América Latina, os conceitos de direitos humanos entre a China e a América Latina estão se tornando mais compatíveis. Bai Machilin sugeriu que a China e os países da América Latina mantenham uma visão de segurança comum e continuem a moldar um ambiente pacífico. O representante chinês disse que é necessário que os países adotem uma visão de desenvolvimento compartilhado, explorando juntos um caminho inclusivo, e mantenham uma visão de civilização interdependente, respeitando e promovendo a diversidade dos conceitos de direitos humanos.
O embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, afirmou que, apesar da distância que separa a China da América Latina, e das diferenças em processos históricos, sistemas sociais e tradições culturais, ambos compartilham a responsabilidade comum de buscar desenvolvimento e melhorar o bem-estar das populações. Países da América Latina, como o Brasil, também priorizam a erradicação da fome e da pobreza, bem como a promoção da justiça social como objetivos de governança nacional. A promoção da troca e cooperação no campo dos direitos humanos entre a China e a América Latina está diante de amplas oportunidades e um espaço significativo.
Charles Peter David, ex-ministro das Relações Exteriores de Granada e secretário do Novo Partido Nacional, destacou que, no âmbito da cooperação Sul-Sul, a América Latina e a China estão escolhendo avançar em direção a um futuro sustentável, podendo juntos explorar novos caminhos e fazer novas contribuições para aprimorar a governança global dos direitos humanos.
Gustavo Pacheco, presidente da Assembleia Andina e diretor do Instituto de Estudos Políticos do Peru, acredita que tanto a China quanto os países da América Latina têm feito grandes contribuições no que diz respeito aos direitos humanos. O mundo atual enfrenta desafios como guerra, comércio internacional, segurança alimentar e proteção ecológica, e devemos formular políticas correspondentes, reformar o modelo de governança global e trabalhar juntos para criar um futuro melhor.
O evento foi co-organizado pela Sociedade Chinesa de Estudos de Direitos Humanos, pela Universidade Renmin da China e pela Universidade Federal Fluminense do Brasil, com a colaboração do Instituto de Pesquisa Financeira Chongyang da Universidade Renmin da China e da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense do Brasil.
Fonte: thepaper.cn